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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Livro - Cultivo do eucalipto

http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Eucalipto/CultivodoEucalipto/Expediente.htm

Eucalyptus Newsletter Nº 24 - Celso Foelkel; http://www.eucalyptus.com.br/newspt_dez09.html#um

www.eucalyptus.com.br;

Desenvolvimento florestal

PENSAMENTO ...

PENSAMENTO ...


"É impossível levar o pobre à prosperidade através

de legislações que punem os ricos pela prosperidade.

Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa

deve trabalhar sem receber.

O governo não pode dar para alguém aquilo que tira de outro alguém.
Quando metade da população entende a idéia de que
não precisa trabalhar, pois a outra metade da população
irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende
que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira
metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."

Adrian Rogers, 1931

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

carbono

"Veja quanto monóxido de carbono você deixará de emitir se não dirigir por um dia". Essa é a mensagem que aparece na gigantesca nuvem preta presa ao cano de escape de um carro depois de passar o dia sendo inflada pela fumaça expelida pelo automóvel.

Carbono diário

anunciomeioambiente4.jpg (image)

Anúncios criativos em prol do Meio Ambiente

Gmail - [ACEF] Fwd: Anúncios criativos em prol do Meio Ambiente - borssatto.italino@gmail.com

HERANÇA DO DEPUTADO CLODOVIL HERNANDES

HERANÇA DO DEPUTADO CLODOVIL HERNANDES
Desconheço a autoria.

Clodovil foi uma figura inegavelmente polêmica. Mas tinha idéias e coragem, além das suas contradições, tão humanas.
Inteligente, com um senso crítico aguçado, ele dizia o que os outros apenas pensavam...

Em Julho de 2008 o deputado Clodovil Hernandes apresentou à Mesa da Câmara proposta de emenda à Constituição (PEC) para reduzir o número de deputados de 513 para 250. O projeto teve o apoio de 279 parlamentares (eram necessários 172 votos para que fosse apresentado). Não passou, por interesses óbvios. De novo é o gato tomando conta do peixe.
Pelo projeto, nenhuma Unidade da Federação poderá ter menos de 4 deputados nem mais de 35. Hoje, a menor representação tem 8 e a maior, 70. Se a PEC passar, haverá corte de 263 deputados e redução de gastos, só em despesas com os parlamentares, de R$ 26,3 milhões por mês. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vamos divulgar e apoiar? A idéia é ótima!!!!

Fui pesquisar o custo de cada parlamentar brasileiro, e de acordo com a ONG Transparência Brasil o custo de cada deputado é de R$ 6,6 milhões por ano! E o custo de cada senador é de R$ 33,1 milhões por ano. (ver anexo)

Se a emenda Clodovil passasse, reduzindo pela metade o número de parlamantares, e supondo que isso pudesse ser feito tanto na Câmara quanto no Senado, teriamos uma economia de aproximadamente R$ 3,1 BILHÃO DE REAIS!!!

Isso dá mais ou menos R$ 17,00 por habitante.

Já que o gasto público com saude é de R$ 0,64 por habitante, veja o que a economia com os parlamentares pode proporcionar!!! (No Brasil, segundo o sindicato dos hospitais de Pernambuco (Sindhospe), "para um gasto total de U$ 600 per capita/ano (em saúde), apenas US$ 300 vêm do setor público. Destes, apenas U$ 150 são investimento federal, ou seja, U$ 0,40 por cidadão brasileiro".)

Daria para multiplicar a verba hospitalar atual por habitante por mais de 26 vezes!!!!

Além disso, teremos menos chance de corrupção, menos poliíticos para controlar.

Divulguem, se concordarem.

Quem sabe a maior obra do Clodovil não será póstuma ?

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A fábula do lobão e da vovó do PAC

12/11/2009 - 14:38 - Atualizado em 13/11/2009 - 20:13
A fábula do lobão e da vovó do PAC
RUTH DE AQUINO

RUTH DE AQUINO
é diretora da sucursal de ÉPOCA no Rio de Janeiro
raquino@edglobo.com.brA fábula da semana – o apagão – colocou em evidência um personagem que andava sumido, o Lobão. Num primeiro momento, ninguém sabia onde andava a avó (do PAC). Temeu-se por Dilma porque o Lobão é emburrado e de poucas palavras. Ele deu o conto por “encerrado”. Depois se soube que a ex-ministra de Minas e Energia estava cuidando da floresta. Nós – os Chapeuzinhos Vermelhos – somos tão ingênuos que acreditamos que raios deixaram 18 Estados do Brasil às escuras por até quatro horas.

Nós também acreditamos que a floresta será salva, especialmente porque o grande caçador de votos depende do verde para não deixar a “fada-marina” enfeitiçar eleitores e atrapalhar a sucessão em 2010.

Quando a avó do PAC ressurgiu com todo o vigor, todos respiraram aliviados. O ministro Edison Lobão, ex-governador do Maranhão, em sua hesitação de meias palavras, consegue menos empatia com o público do que a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Já estava ficando embaraçoso ver e escutar as desculpas de Lobão. E Dilma caiu na armadilha da oposição, que a provocou. “Quem escondeu a ministra?” A pré-candidata (conhecida no Nordeste como “a mulher do Lula”) hoje sobe em todos os bons palanques – do pré-sal, do pós-sal, do pré-pós-PAC. Não falta a uma festa ou inauguração. Quando o palanque é frágil, ela some na floresta para preparar o discurso ambientalista que apresentará em Copenhague em dezembro.

Como o país inteiro sabe, e o Chapeuzinho Vermelho também, Dilma é contra o desmatamento desde criancinha. Tanto que nem o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, consegue mais aparecer. Depois de reunião ministerial em São Paulo sobre metas para reduzir emissão de gases, mandaram Minc sair de fininho para Dilma falar com a imprensa. Seja pelo “efeito cabocla” – de Marina Silva como candidata pelo PV –, seja por um súbito despertar para a questão ambiental, Dilma aos poucos tenta vestir o colete de campeã da causa verde. A ministra comemorou na quinta-feira o menor desmatamento anual da Amazônia desde 1988 – e apagou da foto oficial a senadora do Acre, que saiu do governo derrotada pelo desenvolvimentismo de Dilma.

O apagão pôs em evidência o ministro Lobão. Enquanto ele
falava, a avó Dilma cuidava da floresta
Os efeitos do blecaute sobre o governo são modestos, se comparados aos efeitos de Dilma sobre si mesma. Será que Lula escondeu sua candidata durante 40 horas e jogou o Lobão às feras com o objetivo de desvinculá-la de um evento tão impopular? Falta de luz e água, muito mais que um desconforto político, é uma tragédia social, com prejuízos inestimáveis para pessoas comuns. Ou será que submeteram Dilma a um curso relâmpago de marketing para ela reaparecer positivamente, com luz e água restauradas no país e argumentos na ponta da língua?

Se ela tiver recebido treinamento intensivo, melhor trocar enquanto é tempo os magos de imagem. Lula pode também providenciar uma transposição de personalidade. Dilma não passa em nenhum Enem de simpatia ou serenidade, mesmo se receber antes a prova. É só colocar um microfone diante dela, é só uma repórter fazer uma observação simples e pertinente. “Ministra, a senhora garantiu há duas semanas que não havia mais risco de apagão porque agora o país tem planejamento”. A ministra encrespa as mãos, engrossa a voz: “Minha filha, você está confundindo duas coisas. O que houve foi um apagão, não um blecaute. Blecaute é barbeiragem”. Era uma referência ao racionamento de 2001.

Indagada se o país poderia sofrer outro apagão, já que o sistema de Itaipu seria vulnerável a intempéries, Dilma rebateu: “Minha querida, nós, humanos, temos um problema imenso. Nós não controlamos chuva, vento e raio. Sempre quisemos, mas não conseguimos ainda. Talvez algum dia, né?”.

Talvez algum dia, ministra, a senhora encare as perguntas como elas são. Perguntas são feitas em busca de respostas. Talvez a senhora mude o tom. Seria bom entender que a água rola, a Terra gira, e que não adianta Lula tentar blindar a avó do PAC se ela se mostrar mais arrogante que o Lobo Mau. Não somos o Chapeuzinho e o PT deixou de ser vermelho.

A fábula do lobão e da vovó do PAC

12/11/2009 - 14:38 - Atualizado em 13/11/2009 - 20:13
A fábula do lobão e da vovó do PAC
RUTH DE AQUINO

RUTH DE AQUINO
é diretora da sucursal de ÉPOCA no Rio de Janeiro
raquino@edglobo.com.brA fábula da semana – o apagão – colocou em evidência um personagem que andava sumido, o Lobão. Num primeiro momento, ninguém sabia onde andava a avó (do PAC). Temeu-se por Dilma porque o Lobão é emburrado e de poucas palavras. Ele deu o conto por “encerrado”. Depois se soube que a ex-ministra de Minas e Energia estava cuidando da floresta. Nós – os Chapeuzinhos Vermelhos – somos tão ingênuos que acreditamos que raios deixaram 18 Estados do Brasil às escuras por até quatro horas.

Nós também acreditamos que a floresta será salva, especialmente porque o grande caçador de votos depende do verde para não deixar a “fada-marina” enfeitiçar eleitores e atrapalhar a sucessão em 2010.

Quando a avó do PAC ressurgiu com todo o vigor, todos respiraram aliviados. O ministro Edison Lobão, ex-governador do Maranhão, em sua hesitação de meias palavras, consegue menos empatia com o público do que a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Já estava ficando embaraçoso ver e escutar as desculpas de Lobão. E Dilma caiu na armadilha da oposição, que a provocou. “Quem escondeu a ministra?” A pré-candidata (conhecida no Nordeste como “a mulher do Lula”) hoje sobe em todos os bons palanques – do pré-sal, do pós-sal, do pré-pós-PAC. Não falta a uma festa ou inauguração. Quando o palanque é frágil, ela some na floresta para preparar o discurso ambientalista que apresentará em Copenhague em dezembro.

Como o país inteiro sabe, e o Chapeuzinho Vermelho também, Dilma é contra o desmatamento desde criancinha. Tanto que nem o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, consegue mais aparecer. Depois de reunião ministerial em São Paulo sobre metas para reduzir emissão de gases, mandaram Minc sair de fininho para Dilma falar com a imprensa. Seja pelo “efeito cabocla” – de Marina Silva como candidata pelo PV –, seja por um súbito despertar para a questão ambiental, Dilma aos poucos tenta vestir o colete de campeã da causa verde. A ministra comemorou na quinta-feira o menor desmatamento anual da Amazônia desde 1988 – e apagou da foto oficial a senadora do Acre, que saiu do governo derrotada pelo desenvolvimentismo de Dilma.

O apagão pôs em evidência o ministro Lobão. Enquanto ele
falava, a avó Dilma cuidava da floresta
Os efeitos do blecaute sobre o governo são modestos, se comparados aos efeitos de Dilma sobre si mesma. Será que Lula escondeu sua candidata durante 40 horas e jogou o Lobão às feras com o objetivo de desvinculá-la de um evento tão impopular? Falta de luz e água, muito mais que um desconforto político, é uma tragédia social, com prejuízos inestimáveis para pessoas comuns. Ou será que submeteram Dilma a um curso relâmpago de marketing para ela reaparecer positivamente, com luz e água restauradas no país e argumentos na ponta da língua?

Se ela tiver recebido treinamento intensivo, melhor trocar enquanto é tempo os magos de imagem. Lula pode também providenciar uma transposição de personalidade. Dilma não passa em nenhum Enem de simpatia ou serenidade, mesmo se receber antes a prova. É só colocar um microfone diante dela, é só uma repórter fazer uma observação simples e pertinente. “Ministra, a senhora garantiu há duas semanas que não havia mais risco de apagão porque agora o país tem planejamento”. A ministra encrespa as mãos, engrossa a voz: “Minha filha, você está confundindo duas coisas. O que houve foi um apagão, não um blecaute. Blecaute é barbeiragem”. Era uma referência ao racionamento de 2001.

Indagada se o país poderia sofrer outro apagão, já que o sistema de Itaipu seria vulnerável a intempéries, Dilma rebateu: “Minha querida, nós, humanos, temos um problema imenso. Nós não controlamos chuva, vento e raio. Sempre quisemos, mas não conseguimos ainda. Talvez algum dia, né?”.

Talvez algum dia, ministra, a senhora encare as perguntas como elas são. Perguntas são feitas em busca de respostas. Talvez a senhora mude o tom. Seria bom entender que a água rola, a Terra gira, e que não adianta Lula tentar blindar a avó do PAC se ela se mostrar mais arrogante que o Lobo Mau. Não somos o Chapeuzinho e o PT deixou de ser vermelho.

sábado, 7 de novembro de 2009

Carta-resposta de um Juiz ao Presidente Lula publicada no Estadão.

Veja a carta que um juiz colocou no jornal de hoje: Carta do Juiz Ruy Coppola (2º TAC) .

Mensagem ao presidente!



Estimado presidente, assisti na televisão, anteontem, o trecho de seu discurso criticando o Poder Judiciário e dizendo que V. Exa. e seu amigo Márcio, ministro da Justiça, há muito tempo são favoráveis ao controle externo do Poder Judiciário, não para 'meter a mão na decisão do juiz', mas para abrir a 'caixa-preta' do Poder... Vi também V. Exa. falar sobre 'duas Justiças' e sobre a influência do dinheiro nas decisões da Justiça.
Fiquei abismado, caro presidente, não com a falta de conhecimento de V.Exa., já que coisa diversa não poderia esperar (só pelo fato de que o nobre presidente é leigo), mas com o fato de que o nobre presidente ainda não se tenha dado conta de que não é mais candidato.
Não precisa mais falar como se em palanque estivesse; não precisa mais fazer cara de inconformado, alterando o tom da voz para influir no ânimo da platéia. Afinal, não é sempre que se faz discurso na porta da Volks.
Não precisa mais chorar. O eminente presidente precisa apenas mandar, o que não fez até agora.

Não existem duas Justiças, como V. Exa. falou. Existe uma só.
Que é cega, mas não é surda e costuma escutar as besteiras que muitos falam sobre ela.
Basta ao presidente mandar seu amigo Márcio tomar medidas concretas e efetivas contra o crime organizado.
Mandar seus demais ministros exercer os cargos para os quais foram nomeados.
Mandar seus líderes partidários fazer menos conchavos e começar a legislar em favor da sociedade.
Afinal, V. Exa. foi eleito para isso.
Sr. presidente, no mesmo canal de televisão, assisti a uma reportagem dando conta de que,
em Pernambuco (sua terra natal), crianças que haviam abandonado o lixão, por receberem R$ 25,00 do Bolsa-Escola , tinham voltado para aquela vida (??) insólita simplesmente porque desde janeiro seu governo não repassou o dinheiro destinado ao Bolsa-Escola .
E a Benedita, sr. presidente?
Disse ela que ficou sabendo dos fatos apenas no dia da reportagem. Como se pode ver, Sr. presidente, vou tentar lembrá-lo de algumas coisas simples. Nós, do Poder Judiciário, não temos caixa-preta. Temos leis inconsistentes e brandas (que seu amigo Márcio sempre utilizou para inocentar pessoas acusadas de crimes do colarinho-branco).
Temos de conviver com a Fazenda Pública (e o Sr. presidente é responsável por ela, caso não saiba), sendo nossa maior cliente e litigante, na maioria dos casos, de má-fé.
Temos os precatórios que não são pagos.
Temos acidentados que não recebem benefícios em dia (o INSS é de sua responsabilidade, Sr. presidente). Não temos medo algum de qualquer controle externo, Sr. presidente.
Temos medo, sim, de que pessoas menos avisadas, como V. Exa. mostrou ser, confundam controle externo com atividade jurisdicional (pergunte ao seu amigo Márcio, ele explica o que é).
De qualquer forma, não é bom falar de corda em casa de enforcado.
Evidente que V. Exa. usou da expressão 'caixa-preta' não no sentido pejorativo do termo.
Juízes não tomam vinho de R$ 4 mil a garrafa.
Juízes não são agradados com vinhos portugueses raros quando vão a restaurantes.
Juízes, quando fazem churrasco, não mandam vir churrasqueiro de outro Estado.
Mulheres de juízes não possuem condições financeiras para importar cabeleireiros de outras unidades da Federação, apenas para fazer uma 'escova'. Cachorros de juízes não andam de carro oficial. Caixa-preta por caixa-preta (no sentido meramente figurativo), sr. presidente, a do Poder Executivo é bem maior do que a nossa.
Meus respeitos a V. Exa. e recomendações ao seu amigo Márcio.

P.S.: Dê lembranças a 'Michelle'.
(Michelle é cachorrinha do presidente que passeia em carro oficial)
Ruy Coppola, juiz do 2.º Tribunal de Alçada Civil do Estado de São Paulo, São Paulo

domingo, 1 de novembro de 2009

Elis Regina fala de ecologia em 1980

Elis Regina, com Maria Rita, sendo entrevista por Marília Gabriela no programa TV Mulher, em 1980. Ela fala de sua preocupação com a ecologia e defende a idéia de cada um fazer alguma coisa no seu próprio pedaço.

Idéia inovadora transforma lixo e dejetos em adubo

ENVOLVERDE - Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

10 para a educação Petition

10 para a educação Petition: "View Current Signatures - Sign the Petition"

To: Congresso Nacional e Presidência da República
Por mais investimento em educação. O Brasil investe apenas 4,5% do PIB na educação. Queremos que os investimentos em educação atinjam pelo menos 10% do PIB e destes 10% deve-se reservar boa parte para a educação no interior dos estados. Só assim poderemos reduzir o número de 14 milhões de analfabetos e de 30 milhões de pessoas que mal sabem ler e escrever o próprio nome. 10% para educação é uma aposta no futuro do Brasil.

domingo, 18 de outubro de 2009

As instituições precisam se limpar, se depurar.

CNJ promove cerco à toga e investigações crescem 653%
Extraído de: Correio Forense - 11 horas atrás O Judiciário brasileiro está em transformação. Criado em 2004, o Conselho Nacional de Justiça começa a vencer a resistência da toga e, neste ano, abriu 113 sindicâncias contra magistrados, ante as 15 de 2008.

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Para o aumento de 653%, o órgão adotou até expedientes de polícia, como a análise de patrimônio e movimentação financeira. "Foi proclamada a República no Judiciário", declara o corregedor nacional, Gilson Dipp, mentor desse novo modus operandi do CNJ.

Há, porém, reações. "Não podemos presumir que todos são salafrários", reage o ministro do STF Março Aurélio Mello. Alvo da ofensiva, associações de classe e juízes se unem para resgatar vantagens. E o próprio CNJ é tentado a instituir suas mordomias.

O órgão mergulhou nos presídios e viu, no Espírito Santo, o que há de pior - superlotação, ratos e até jovens em contêineres, os "micro-ondas". No País, após cumprir pena, 11.337 ainda estavam presos.

Só neste ano, juízes foram alvo de 113 sindicâncias

Motivo de resistência entre magistrados desde que surgiu, no final de 2004, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) passou seus quatro primeiros anos sem apresentar números significativos no que diz respeito, por exemplo, a investigações de juízes e desembargadores suspeitos de corrupção. De um ano para ca, tudo mudou. São 113 sindicâncias abertas em 2009, contra apenas 15 no ano passado, um crescimento de 653%.

O CNJ passou a cumprir a atribuição de mapear desvios éticos e disciplinares de um poder historicamente avesso a ser fiscalizado. Desde que foi instalado, em junho de 2005, o modus operandi também mudou. Agora, o conselho tem recorrido até a expedientes de polícia, como análise de variação patrimonial e de movimentações financeiras dos juízes. O centro nevrálgico da mudança é a Corregedoria Nacional de Justiça, instância do CNJ planejada para fiscalizar desvios disciplinares de juízes e solucionar o mau funcionamento de fóruns e tribunais.

Sob o comando do ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de setembro de 2008 a setembro deste ano a corregedoria abriu 5.358 procedimentos para apurar desvios de toda ordem no sistema judiciário brasileiro, desde falhas processuais e administrativas até venda de sentenças.

Nos primeiros quatro anos, tendo à frente outros dois ministros do STJ, Antônio de Pádua Ribeiro, hoje aposentado, e César Asfor Rocha, atual presidente do tribunal, a corregedoria abriu apenas 28 sindicâncias. Das 113 abertas neste ano, dez já se transformaram em processos administrativos disciplinares, que podem custar o emprego dos investigados.

Sete magistrados foram afastados preventivamente e quatro, aposentados compulsoriamente. É a pena máxima a que um juiz pode ser submetido na esfera administrativa. E ainda tem direito a salário proporcional ao tempo de trabalho, que só perde após uma sentença final.


A Justiça do Direito Online



Autor: Congresso em Foco e Estado de São Paulo

IPEF comprova mais uma vez: eucalipto não seca o solo

08 de Outubro de 2009
IPEF comprova mais uma vez: eucalipto não seca o solo


Durante três anos (2005 a 2007) em uma microbacia hidrográfica com eucalipto na região de Cocais – município de Antônio Dias / MG – foram quantificadas todas as entradas e saídas de água. Os resultados do estudo mostraram que a precipitação pluviométrica anual (chuva) foi de 1299,0 mm. Deste total, 57,1% (741,0 mm) foram utilizados pelo eucalipto no processo de transpiração (que é a transferência de água do solo para atmosfera a partir da absorção pelo sistema radicular das plantas), 9,8% (128,0 mm) foram evaporados (evaporação é a transferência direta de água da superfície das plantas e do solo para a atmosfera).

Entre 0,5 a 1,3% (16,9 mm) foram escoados diretamente da superfície do solo e 31,8% (414,0 mm) infiltraram no solo e reabasteceram o curso d´água. A interpretação das informações obtidas permite concluir que na região de Cocais o eucalipto não consome muita água. A transpiração de 741,0 mm anuais ou 2,3 mm por dia é semelhante a de outras espécies florestais e espécies agrícolas perenes. Do mesmo modo que a evapotranspiração (soma da transpiração com a evaporação), que foi de 869,0 mm ou 2,38 mm por dia.

Também é possível afirmar que, na região estudada, o eucalipto não seca o solo, pois houve um excedente de 414,0 mm por ano (31,8% da chuva incidente). Este excedente não utilizado pelas plantas ao longo do ano foi reabastecer o curso d´água. Além disso, a variação máxima observada na vazão do riacho foi de 8,0% no período estudado, indicando que o sistema de reabastecimento do riacho estava bem regulado.

Fonte: IPEF Notícias.

Carta de um Juiz para Ziraldo e Jaguar

Carta de um Juiz para Ziraldo e Jaguar. Nov 29, '08 10:56 AM
for everyone
Um testemunho coerente e lúcido deste Juiz ... Está chegando a hora de abrirmos os olhos..... O Juiz de Espumoso (RS) escreve a Ziraldo e Jaguar, comentando a aprovação da indenização e da aposentadoria em dobro paga pela Nação aos humoristas, que 'sofreram muito' por terem sido presos durante uma semana na época da ditadura militar brasileira, como represália pelas críticas que eles mesmos publicaram em 'O PASQUIM', na ocasião.




Prezados Ziraldo e Jaguar:

Eu fui fã número 1 do PASQUIM (em seguida saberão por quê). Por isto me sinto traído pela atitude de vocês (Ziraldo e Jaguar). Vocês,recebendo essa indenização milionária, fizeram exatamente aquilo que criticavam na época: o enriquecimento fácil e sem causa emergente da e na estrutura ditatorial. Na verdade, vocês se projetaram com a Ditadura. Vocês se sustiveram da Ditadura.Vocês se divertiram com a Ditadura. Está bem, vocês sofreram com a Ditadura, mas, exceto aquela semana na cadeia - que parece não foi tão sofrida assim - nada que uma entrevista regada a uísque e gargalhadas na semana seguinte não pudesse reparar.A cada investida da Ditadura vocês se fortaleciam e a tiragem seguinte do jornal aumentava consideravelmente. Receber um milhão de reais e picos por causa daquela semana,convenhamos, é um exagero,principalmente quando se considera que o salário mínimo no Brasil é de R$ 480,00 Por mês...Vocês não podem argumentar que a Ditadura acabou com o jornal. Seria a mais pura mentira, se é que a mentira pode ser pura. O 'O Pasquim' acabou porque vocês se perderam. O Pasquim acabou nos estertores da Ditadura porque vocês ficaram sem o motor principal de seu sucesso, a própria Ditadura.Vocês se encantaram com a nova ordem e com a possibilidade de a Esquerda dominar este país que não souberam mais fazer humor. Tanto que mais tarde voltaram de Bundas - há não muitos anos - e de bunda caíram porque foram pernósticos e pedantes.Vocês só sabiam fazer uma coisa: criticar a Ditadura e não seriam o que são sem ela.Eu vi o nº 1 de 'O Pasquim' num tempo em que não tinha dinheiro para adquiri-lo. Mais tarde, estudante em Florianópolis, passei a comprá-lo toda semana na rua Felipe Schmidt, próximo à rua 7 de Setembro, numa banca em que um rapaz chamado, se não me engano Vilmar, reservava um exemplar para mim.Eu pagava no fim do mês.Formado em Direito, em 1976 fui para Taió. Lá assinei o jornal que não chegava na papelaria do meu amigo Horst. Em 1981 vim para o Rio Grande do Sul e morando, inicialmente, em Iraí, continuei assinante. Em fins de 1982 fui promovido para Espumoso e sempre assinante. Eu tenho o nº 500 de O Pasquim, aquele que foi apreendido nas bancas e que os assinantes receberam... Nessa época, não sei se lembram, o jornal reduziu drasticamente seu número de folhas. Era a crise. Era um arremedo do que fora, mas ainda assim conservava alguma verve. A Ditadura estava saindo pelas portas dos fundos e vocês pelas portas da frente, famosos e aplaudidos.Vocês lançaram uma campanha de assinaturas. Eu fui a campo e consegui cinco ou seis. Em Espumoso! Imaginei que se cada assinante conseguisse cinco assinaturas, ajudaria muito. Eu era Juiz de Direito. Convenhamos: não fica bem a um Juiz sair vendendo assinatura de jornal. Mas fiz isto com o único interesse de ajudar o Pasquim a se manter. Na verdade, as assinaturas foram vendidas a amigos advogados aos quais explanei a origem, natureza e linha editorial do jornal. Uns cinco ou seis adquiriram assinaturas anuais. No máximo dois meses depois todos paramos de receber o jornal, que saiu de circulação.O O Pasquim deu o calote... Eu fiquei com cara de tacho e, como se diz por aqui, mais vexado que guri cagado. Sofri constrangimento por causa de vocês.Devo pedir indenização por isto? Não.Esqueçam! Mas agora que vocês estão milionários, procurem nos seus registros e devolvam o dinheiro dos assinantes de Espumoso que pagaram e não receberam a assinatura integral. Naquele tempo vocês não tinham como fazê-lo.Agora têm. Paguem proporcionalmente, mas com juros e correção monetária, como manda a lei. Caso contrário, além de traidores, serei obrigado a considerá-los também caloteiros.'

Ilton Dellandrea
Juiz de Direito

Além da indenização milionária a dupla passa a colaborar com o déficit da previdência, pois como o Lula, passam a receber aposentadoria em dobro do limite estabelecido para quem contribuiu por 35 anos!Além do mais, os que contribuiram por 35 anos não têm direito ao reajuste integral da aposentadoria.Este episódio das indenizações milionárias aos jornalistas do Pasquim é só mais um da série de escândalos em cascata que o pais produz.

Parece que está em nosso DNA o ataque despudorado aos cofres públicos, a concepção que o dinheiro público não é de todos, mas 'de ninguém', e que 'aos amigos tudo, aos inimigos a justiça.

ACRESCENTO: Tudo limpinho, sem pagar Imposto de Renda.E... como sempre digo...CHORA BRASIL!!!!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Indicação polêmica ao Supremo Tribunal Federal

Indicação polêmica
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu indicar José Antonio Dias Toffoli ao Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga aberta com a morte de Carlos Alberto Direito. A escolha pelo advogado-geral da União já é polêmica e deve enfrentar resistência da oposição. Toffoli tem carreira ligada a Lula e ao PT. A Folha (para assinantes) conta que a aproximação com o PT começou logo depois de formado, em 1990, aos 23 anos. Virou assessor jurídico da bancada, primeiro na Assembleia Legislativa de São Paulo, depois na Câmara. Na época, promoveu várias ações de inconstitucionalidade no STF contra medidas do governo de Fernando Henrique Cardoso. A atuação o aproximou de Lula e José Dirceu. Dali, foi advogado das campanhas presidenciais e da Casa Civil. Aliado à intimidade com o PT, existe outro obstáculo, de acordo com o jornal: apesar de outras diversas qualidades, Toffoli não é visto como um jurista de expressão. Essa lacuna no currículo pode atrapalhar sua indicação.

José Sarney (PMDB-AP), participava do dia a dia da Fundação Sarney

Os dois presidentes só sabem mentir e tirar o corpo fora, Vejam mais uma do Sarney >>>>>>>>>

Confira as dez principais notícias do dia 17 de setembro

qui, 17/09/09por Redação Época |categoria 10 Mais| tags Economia, Eleições, mundo
1. Participação revelada
A Folha (para assinantes) traz uma reportagem revelando áudios de escutas telefônicas e e-mails, interceptados pela Polícia Federal, que mostram que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), participava do dia a dia da Fundação Sarney – o que ele negou em discurso em plenário no início de agosto. Nas mensagens, Sarney orienta uma neta a captar a doação de um empresário, diz que o dinheiro seria usado para pagar as contas da Fundação com a previdência, é informado com antecedência de mudanças no conselho curador da entidade e menciona conversas com o órgão público que cuida de prédios históricos, como o convento que abriga a sede da Fundação. A Fundação Sarney é suspeita de ter desviado dinheiro do governo do Maranhão e verbas de patrocínio da Petrobras. Parte dessa verba foi destinada a empresas da família Sarney ou repassadas a fornecedores que não explicam quais serviços prestaram. Para se defender, Sarney afirmou que não cuidava do dia a dia da entidade e que passou uma procuração ao presidente da entidade. “Nunca tive nenhuma função administrativa na fundação fundada por mim”, discursou Sarney no dia 5 de agosto. Consultada, a assessoria de Sarney disse que os diálogos “revelam apenas apreço” à entidade.

domingo, 13 de setembro de 2009

Pesquisas apontam alternativas para o desmatamento do Cerrado

Este artigo é uma demonstração, que proibições e multas não são a solução. A solução está em fornecer tecnologia para bom aproveitamento dos recursos em cada região, no caso o cerrado.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Carta de Gilberto Geraldo Garbi para Lula.

PELO QUE MEU EXEMPLO POSSA INFLUENCIAR MEUS DESCENDENTES, EU TAMBEM NÃO ABRO MÃO DOS MEUS 0,0000005 !!!!!!!!!!






Carta de Gilberto Geraldo Garbi para Lula.





Gilberto Geraldo Garbi foi um dos alunos classificados a seu tempo como UM DOS MELHORES ALUNOS DE MATEMÁTICA que já haviam adentrado o ITA, entre outras honrarias que recebeu daquela instiuição.
Depois de graduado, desenvolveu carreira na TELEPAR, onde chegou a Diretor Técnico e Diretor Presidente, sendo depois Presidente da TELEBRAS.



A CAMINHO DOS 99,9999995%
( Gilberto Geraldo Garbi )

Há poucos dias, a imprensa anunciou amplamente que, segundo as últimas pesquisas de opinião, Lula bateu de novo seus recordes anteriores de popularidade e chegou a 84% de avaliação positiva. É, realmente, algo "nunca antes visto nesse país" e eu fiquei me perguntando o que poderemos esperar das próximas consultas populares.

Lembro-me de que quando Lula chegou aos 70% achei que ele jamais bateria Hitler, a quem, em seu auge, a cultíssima Alemanha chegara a conceder 82% de aprovação.
Mas eu estava enganado: nosso operário-presidente já deixou para trás o psicopata de bigodinho e hoje só deve estar perdendo para Fidel Castro e para aquele tiranete caricato da Coreia do Norte, cujo nome jamais me interessei em guardar. Mas Lula tem uma vantagem sobre os dois ditadores: aqui as pesquisas refletem verdadeiramente o que o povo pensa, enquanto em Cuba e na Coreia do Norte as pesquisas de opinião lembram o que se dizia dos plebiscitos portugueses durante a ditadura lusitana: SIM, Salazar fica; NÃO, Salazar não sai; brancos e nulos sendo contados a favor do governo...(Quem nunca ouviu falar em Salazar, por favor, pergunte a um parente com mais de 60).

Portanto, a popularidade de Lula ainda "tem espaço" para crescer, para empregar essa expressão surrada e pedante, mas adorada pelos economistas. E faltam apenas cerca de 16% para que Lula possa, com suas habituais presunção e imodéstia, anunciar ao mundo que obteve a unanimidade dos brasileiros em torno de seu nome, superando até Jesus Cristo ou outras celebridades menores que jamais conseguiram livrar-se de alguma oposição...

Sim, faltam apenas 16% mas eu tenho uma péssima notícia a dar a seu hipertrofiado ego: pode tirar o cavalinho da chuva, cumpanhero, porque de 99,9999995% você não passa.

Como você não é muito chegado em Aritmética, exceto nos cálculos rudimentares dos percentuais sobre os orçamentos dos ministérios que você entrega aos partidos que constituem sua base de sustentação no Congresso, explico melhor: o Brasil tem 200.000.000 de habitantes, um dos quais sou eu. Represento, portanto, 1 em 200.000.000, ou seja, 0,0000005% enquanto os demais brasileiros totalizam os restantes 99,9999995%. Esses, talvez, você possa conquistar, em todo ou em parte. Mas meus humildes 0,0000005% você jamais terá porque não há força neste ou em outros mundos, nem todo o dinheiro com que você tem comprado votos e apoios nos aterros sanitários da política brasileira, não há, repito, força capaz de mudar minha convicção de que você foi o pior dentre todos os presidentes que tive a infelicidade de ver comandando o Brasil em meus 65 anos de vida.

E minha convicção fundamenta-se em um fato simples: desde minha adolescência, quando comecei a me dar conta das desgraças brasileiras e a identificar suas causas, convenci-me de que na raiz de tudo está a mentalidade dominante no Brasil, essa mentalidade dos que valorizam a esperteza e o sucesso a qualquer custo; dos que detestam o trabalho e o estudo; dos que buscam o acesso ao patrimônio público para proveito pessoal; dos que almejam os cabides de emprego, as sinecuras e os cargos fantasmas; dos que criam infindáveis dinastias nepotistas nos órgãos públicos; dos que desprezam a justiça desde que a injustiça lhes seja vantajosa; dos que só reclamam dos privilégios por não estar incluídos entre os privilegiados; dos que enriquecem através dos negócios sujos com o Estado; dos que vendem seus votos por uma camiseta, um sanduíche ou, como agora, uma bolsa família; dos que são de tal forma ignorantes e alienados que se deixam iludir pelas prostitutas da política e beijam-lhes as mãos por receber de volta algumas migalhas do muito que lhes vem sendo roubado desde as origens dos tempos; dos que são incapazes de discernir, comover-se e indignar-se diante de infâmias.

Antes e depois de mim, muitos outros brasileiros, incomparavelmente melhores e mais lúcidos, chegaram à mesma conclusão e, embora sejamos minoria, sinto-me feliz e honrado por estar ao lado de Rui Barbosa. Já ouviu falar nele? Como você nunca lê, eu quase iria sugerir-lhe que pedisse a algum de seus incontáveis assessores que lhe falasse alguma coisa sobre a Oração aos Moços... Mas, esqueça... Se você souber o que ele, em 1922, disse de políticos como você e dos que fazem parte de sua base de sustentação, terá azia até o final da vida.

Pense a maioria o que quiser, diga a maioria o que disser, não mudarei minha convicção de que este País só deixará de ser o que é - uma terra onde as riquezas produzidas pelo suor da parte honesta e trabalhadora é saqueada pelos parasitas do Estado e pelos ladrões privados eternamente impunes - quando a mentalidade da população e de seus representantes for profundamente mudada.
Mudada pela educação, pela perseverança, pela punição aos maus, pela recompensa aos bons, pelo exemplo dos governantes.
E você Lula, teve uma oportunidade única de dar início à mudança dessa mentalidade, embalado que estava com uma vitória popular que poderia fazer com que o Congresso se curvasse diante de sua autoridade moral, se você a tivesse.
Você teve a oportunidade de tornar-se nossa tão esperada âncora moral, esta sim, nunca antes vista nesse País.
Mas não, você preferiu o caminho mais fácil e batido das práticas populistas e coronelistas de sempre, da compra de tudo e de todos.
Infelizmente para o Brasil, mas felizmente para os objetivos pessoais seus e de seu grupo, você estava certo: para que se esforçar, escorado apenas em princípios de decência, se muito mais rápido e eficiente é comprar o que for necessário, nessa terra onde quase tudo está à venda?

Eu não o considero inteligente, no nobre sentido da palavra, porque uma pessoa verdadeiramente inteligente, depois de chegar aonde você chegou, partindo de onde você partiu, não chafurdaria nesse lamaçal em que você e sua malta alegremente surfam, nem se entregaria a seu permanente êxtase de vaidade e autoidolatria.
Mas reconheço em você uma esperteza excepcional: nunca antes nesse País um presidente explorou tão bem, em proveito próprio e de seu bando, as piores qualidades da massa brasileira e de seus representantes.
Esse é seu legado maior, e de longa duração: o de haver escancarado a lúgubre realidade de que o Brasil continua o mesmo que Darwin encontrou quando passou por essas plagas em 1832 e anotou em seu diário: "Aqui todos são subornáveis".
Você destruiu as ilusões de quem achava que havíamos evoluído em nossa mentalidade e matou as esperanças dos que ainda acreditavam poder ver um Brasil decente antes de morrer.

Você não inventou a corrupção brasileira, mas fez dela um maquiavélico instrumento de poder, tornando-a generalizada e fazendo-a permear até os últimos níveis da Administração.
O Brasil, sob você, vive um quadro que em medicina se chamaria de septicemia corruptiva.
Peça ao Marco Aurélio para lhe explicar o que é isso.
Você é o sonho de consumo da banda podre desse País, o exemplo que os funcionários corruptos do Brasil sempre esperaram para poder dar, sem temores, plena vazão a seus instintos.

Você faz da mentira e da demagogia seu principal veículo de comunicação com a massa.
A propósito, o que é que você sente, todos os dias, ao olhar-se no espelho e lembrar-se do que diz nos palanques?
Você sente orgulho em subestimar a inteligência da maioria e ver que vale a pena?

Você mentiu quando disse haver recebido como herança maldita a política econômica de seu antecessor, a mesma política que você manteve integralmente e que fez a economia brasileira prosperar.
Você mentiu ao dizer que não sabia do Mensalão
Mentiu quando disse que seu filho enriqueceu através do trabalho
Mentiu sobre os milhões que a Ong 13, de sua filha, recebeu sem prestar contas
Mentiu ao afastar Dirceu, Palocci, Gushiken e outros cumpanheros pegos em flagrante
Mente quando, para cada platéia, fala coisas diferentes, escolhidas sob medida para agradá-las
Mentiu, mente e mentirá em qualquer situação que lhe convenha.

Por falar em Ongs, você comprou a esquerda festiva, aquela que odeia o trabalho e vive do trabalho de outros, dando-lhe bilhões de reais através de Ongs que nada fazem, a não ser refestelar-se em dinheiro público, viajar, acampar, discursar contra os exploradores do povo e desperdiçar os recursos que tanta falta fazem aos hospitais.

Você não moveu uma palha, em seis anos de presidência, para modificar as leis odiosas que protegem criminosos de todos os tipos neste País sedento de Justiça e encharcado pelas lágrimas dos familiares de tantas vítimas.
Jamais sua base no Congresso preocupou-se em fechar ao menos as mais gritantes brechas legais pelas quais os criminosos endinheirados conseguem sempre permanecer impunes, rindo-se de todos nós.
Ao contrário, o Supremo, onde você tem grande influência, por haver indicado um bom número de Ministros, acaba de julgar que mesmo os condenados em segunda instância podem permanecer em liberdade, até que todas as apelações, recursos e embargos sejam julgados, o que, no Brasil, leva décadas.
Isso significa, em poucas palavras, que os criminosos com dinheiro suficiente para pagar os famosos e caros criminalistas brasileiros podem dormir sossegados, porque jamais irão para a cadeia.
Estivesse o Supremo julgando algo que interessasse a seu grupo ou a suas inclinações ideológicas, certamente você teria se empenhado de corpo e alma.
Aliás, Lula, você nunca teve ideais, apenas ambições.
Você jamais foi inspirado por qualquer anseio de Justiça. Todas as suas ações, ao longo da vida, foram motivadas por rancores, invejas, sede pessoal de poder e irrefreável necessidade de ser adorado e ter seu ego adulado.

Seu desprezo por aquilo que as pessoas honradas consideram Justiça manifesta-se o tempo todo: quando você celeremente despachou para Cuba alguns pobres desertores que aqui buscavam a liberdade; quando você deu asilo a assassinos terroristas da esquerda radical; quando você se aliou à escória do Congresso, aquela mesma contra quem você vociferava no passado; quando concedeu aumentos nababescos a categorias de funcionários públicos já regiamente pagos, às custas dos impostos arrancados do couro de quem trabalha arduamente e ganha pouco; quando você aumentou abusivamente as despesas de custeio, sabendo que pouquíssimo da arrecadação sobraria para os investimentos de que tanto carece a população; quando você despreza o mérito e privilegia o compadrio e o populismo; e vai por aí.... Justiça, ora a Justiça, é o que você pensa....

Você tem dividido a nação, jogando regiões contra regiões, classes contra classes e raças contra raças, para tirar proveito das desavenças que fomenta.
Aliás, se você estivesse realmente interessado, como deveria, em dar aos pobres, negros e outros excluídos as mesmas oportunidades que têm os filhos dos ricos, teria se empenhado a fundo na melhoria da saúde e do ensino públicos.
Mas você, no íntimo, despreza o ensino, a educação e a cultura, porque conseguiu tudo o que queria, mesmo sendo inculto e vulgar. Além disso, melhorar a educação toma um tempo enorme e dá muito trabalho, não é mesmo?
E se há coisa que você e o Partido dos Trabalhadores definitivamente detestam é o trabalho: então, muito mais fácil é o atalho das cotas, mesmo que elas criem hostilidades entres as cores, que seus critérios sejam burlados o tempo todo e que filhos de negros milionários possam valer-se delas.

A Imprensa faz-lhe pouca oposição porque você a calou, manipulando as verbas publicitárias, pressionando-a economicamente e perseguindo jornalistas.
O que houve entre o BNDES e as redes de televisão?
O que você mandou fazer a Arnaldo Jabor, a Boris Casoy, a Salete Lemos?
Essa técnica de comprar ou perseguir é muito eficaz. Pablo Escobar usou-a com muito sucesso na Colômbia, quando dava a seus eventuais opositores as opções: "O plata, o plomo". Peça ao Marco Aurélio para traduzir. Ele fala bem o Espanhol.

Você pode desdenhar tudo aquilo que aqui foi dito, como desdenha a todos que não o bajulem.
Afinal, se você não é o maior estadista do planeta, se seu governo não é maravilhoso, como explicar tamanha popularidade?
É fácil: políticos, sindicatos, imprensa, ONGs, movimentos sociais, funcionários públicos, miseráveis, você comprou com dinheiro, bolsas, cotas, cargos e medidas demagógicas.
Muita gente que trabalha, mas desconhece o que se passa nas entranhas de seu governo, satisfez-se com o pouco mais de dinheiro que passou a ganhar, em consequência do modesto crescimento econômico que foi plantado anteriormente, mas que caiu em seu colo.
Tudo, então, pode se resumir ao dinheiro e grande parte da população parece estar disposta a ignorar os princípios da honradez e da honestidade e a relevar as mentiras, a corrupção, os desperdícios, os abusos e as injustiças que marcam seu governo em troca do prato de lentilhas da melhoria econômica.

É esse, em síntese, o triste retrato do Brasil de hoje... E, como se diz na França, "l´argent n´est tout que dans les siècles où les hommes ne sont rien".
Você não entendeu, não é mesmo? Então pergunte à Marta. Ela adora Paris e há um bom tempo estamos sustentando seu gigolô franco-argentino...

Gilberto Geraldo Garbi

16/02/2009

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O Brasil precisa industrializar sua madeira

28 de Agosto de 2009

Artigo: O Brasil precisa industrializar sua madeira


A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) registra que o Brasil possui 470 milhões de hectares em florestas nativas, onde desponta a Amazônia. Entretanto, menos da metade está acessível para produção florestal devido a uma conjugação de fatores nos quais se incluem as grandes áreas ocupadas por reservas ambientais e indígenas, a ausência de infraestrutura e as enormes distâncias dos centros de consumo. Além disso, as discussões sobre florestas nativas no Brasil são monopolizadas por questões ambientais em que a produção florestal aparece, em boa medida, como um empecilho a ser evitado.

Por conseguinte, a produção florestal brasileira está muito aquém das suas potencialidades excepcionais, em contraste com o que ocorre em países do Hemisfério Norte, com destaque para os nórdicos, onde a cadeia produtiva florestal contribui significativamente para seus PIBs (Produto Interno Bruto). Esses países desenvolveram sistemas para o aproveitamento racional de seus recursos florestais que inclui um dinâmico processo de agregação de valor, transformando o setor em importante vetor de industrialização e desenvolvimento. Em seu entorno, criaram-se indústrias para o beneficiamento da madeira, pólos para projetar e construir máquinas e equipamentos, centros de pesquisa e desenvolvimento, de capacitação e especialização de mão de obra etc.

O Brasil, que até recentemente exportava madeira em tora, apenas engatinha na formação de um modelo produtivo similar. Em que pese nossa produção de celulose, que desponta na modalidade de fibra curta oriunda da silvicultura de eucalipto, agregamos muito pouco valor aos nossos produtos florestais. A par das dificuldades já mencionadas, carecemos de uma política de Estado consistente e duradoura para o desenvolvimento de um verdadeiro sistema de industrialização do ciclo madeireiro. Apenas para mencionar, a exploração e utilização de nossas florestas está sob a égide do Ministério do Meio Ambiente que, por origem e atribuições, pouco tem a ver com qualquer processo industrial.

Apesar das condições adversas, a cadeia produtiva de base florestal no Brasil emprega cerca de 6,5 milhões de pessoas (9% da população economicamente ativa do país), dos quais 2,5 milhões no setor de madeira sólida. Destes, aproximadamente 215 mil são mantidos diretamente na atividade, ou 4,3% do total de empregos gerados na indústria de transformação.

Adicionalmente, várias empresas do setor florestal brasileiro promovem uma maior interação com as comunidades locais por meio de projetos de parcerias e similares. À guisa de exemplo, cita-se o projeto Bom Manejo, dirigido e coordenado pela Embrapa com a participação de empresas do setor. Operando desde 1999, o projeto tem como principal objetivo desenvolver e difundir práticas de bom manejo florestal para serem adotadas tanto por empresas como pelas comunidades.

Alguns segmentos do setor florestal brasileiro se empenham para agregar valor à nossa madeira. Além da indústria moveleira que, em 2007, movimentou mais de R$ 14 bilhões e exportou US$ 1,1 bilhão, existem outras classificadas como PMVA (Produtos de Maior Valor Agregado) nas quais se incluem a produção de molduras, portas, pisos e outros manufaturados que, ainda em 2007, exportaram US$ 2,2 bilhões. São indústrias bastante especializadas, que utilizam um maquinário sofisticado cuja operação exige mão de obra altamente qualificada.

A produção de pisos de madeira ocupa lugar de destaque no grupo PMVA. Em 2007, por exemplo, o Brasil produziu cerca de 34 milhões de metros quadrados em pisos de madeira e suas exportações ultrapassaram US$ 600 milhões. De fato, sua produção dobrou nos últimos dez anos. Mas, mesmo contando com a exuberância da Amazônia e outras florestas, a produção brasileira de pisos ainda é 12 vezes menor que a da China, quatro vezes menor que a dos Estados Unidos e quase quatro vezes menor que a da Europa.

Nesse contexto, é imprescindível uma política industrial para o setor florestal brasileiro e, principalmente, que as autoridades afins considerem que somente com a floresta e seus produtos valorizados é viável garantir seu correto extrativismo, planos de manejo, procedência de matérias-primas e inibir a ilegalidade.

Fonte: Ariel de Andrade / Engenheiro florestal e gerente executivo da Associação Nacional dos Produtores de Pisos de Madeira (ANPM).

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

CCJ votará Castração química de pedófilos

CCJ votará Castração química de pedófilos agosto / 2009 Está na pauta da próxima reunião da Comissão de Constituição e Justiça - CCJ - o PLS 552/2007, de autoria do Senador Gerson Camata, que prevê a castração química de pedófilos condenados. O projeto, considerado polêmico, respalda-se pela já consagrada aceitação deste tipo de pena em países como Suécia, Itália e Alemanha. De acordo com Camata, já está comprovado que os pedófilos são irrecuperáveis e somente uma legislação mais rigorosa poderá coibir a ação dos criminosos. Além disso, para ele não adianta fazer CPI, se não for para endurecer a lei. O senador destaca o trabalho realizado pelo Ambulatório de Transtornos de Sexualidade da Faculdade de Medicina do ABC em Santo André ¿ São Paulo, que já vem aplicando hormônio feminino como inibidor sexual em pedófilos. "Eu defendo e faço...ou faço isso ou eles farão sexo com crianças". Afirmou, em entrevista ao Jornal Estado de São Paulo, o Dr. Danilo Baltieri - Psiquiatra - Doutor pela Universidade de São Paulo - integrante do Conselho Penitenciário do Estado e responsável pelo tratamento em Santo André. Gerson Camata revelou também que vários médicos brasileiros já realizam a castração química, por meio da administração de hormônios, a pedido de pedófilos que reconhecem a sua condição e querem evitar o cometimento de crimes. Segundo assinalou, pesquisas apontam que o procedimento leva à redução da reincidência em até 70%.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Brasil.wmv

A letra vem a calhar! https://mail.google.com/mail/?ui=2&ik=188a1ec859&view=att&th=1235960d006cdab1&attid=0.2.0.1&disp=attd&realattid=0.1&zw

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O drama do PT

Encaminho e assino junto com Lucia Hippolito Enviado por Lucia Hippolito - 19.8.2009| 19h25m O drama do PT Que dia! E eu que pensava que a data mais triste da história do PT tinha sido o dia 11 de agosto de 2005! http://oglobo.globo.com/pais/noblat/luciahippolito/

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

VOCÊ SABIA ...

VOCÊ SABIA ... http://www.ternuma.com.br/vcsabia.htm

Memorial 1964

Memorial 1964 O clamor das manifestações públicas e sociais do início de 1964 desaguou no Movimento Democrático de 31 de março, marco imorredouro da evolução política nacional, quando as forças democráticas, lideradas pelas Forças Armadas e em defesa da nossa Soberania, impediram que o comunismo internacional tomasse o poder.Eterna homenagem aos que lutaram em prol da Democracia e da Liberdade. Venam mais: - http://www.ternuma.com.br/herois.htm

Frase do dia

"A vida é para quem topa qualquer parada, e não para quem para em qualquer topada". Roberto Said.

Caio Blinder - Último Segundo

Caio Blinder - Último Segundo

sábado, 8 de agosto de 2009

ECOLOGIA SINDICAL

>>>> É massante, mas é a verdade, que os "Chavistas" não se dão conta. O mais lamentável, é que um dos principais "Chavistas" é o nosso presidente<<<< Ecologia sindical Portaria assinada pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, determina que o Ibama submeta agora às centrais sindicais os processos de licença ambiental para aprovação de novos empreendimentos. É isso mesmo! Se os pedidos de licenciamento perdiam-se sobre as mesas e gavetas do Ibama e do Instituto Chico Mendes, agora terão uma nova instância para retardar ainda mais o roteiro da tartaruga. A decisão do ministro bate de frente com as reiteradas declarações do presidente Lula, queixando-se amargamente dos projetos de interesse público e relevância econômico-social que não são implantados por excesso de burocracia dos órgãos ambientais. Quer dizer: ou o presidente teatraliza nos pronunciamentos ou o ministro Carlos Minc é um indisciplinado e pouco se importa com as manifestações presidenciais. A justificativa do ministro é uma piada. Alega necessidade de inserir a saúde do trabalhador como elemento vital para os licenciamentos. Descobriu um novo termo para acolher a reivindicação da Central Única dos Trabalhadores. Chamou a novidade de “ecologia humana”. Como se nas análises feitas pelos órgãos ambientais o parâmetro se limitasse apenas a aspectos ambientais. Aos poucos, o sindicalismo vai avançando seus poderosos tentáculos. Não satisfeito com o protecionismo, o assistencialismo e o peleguismo sindical que o governo Lula vem patrocinando nos últimos anos, com transferência de bilhões de reais do dinheiro público para as centrais sindicais, federações e Ongs, agora a república sindicalista interfere também no setor produtivo. Partidarismo O ministro Carlos Minc revela-se um ator premiado. O que disse, sob aplausos dos cutistas em Congresso Nacional, é um disparate: “Até agora não se pensava na saúde dos trabalhadores e na sua segurança quando das licenças ambientais”. Ele deveria saber que nenhum novo empreendimento é autorizado sem prévia licença dos bombeiros, que avaliam aspectos de segurança do público e dos trabalhadores, além de alvarás da vigilância sanitária, considerando também estes mesmos critérios. A burocracia vai aumentar. A intervenção partidária nos licenciamentos ambientais, também. Além de mais perda de tempo, algumas perguntas ficam sem respostas. Qual a central sindical que vai ser ouvida? Aqui em Santa Catarina há pelo menos cinco em funcionamento. Que especialistas as centrais vão ouvir para emitir pareceres? Quantos meses serão necessários para exame de projetos complexos, já examinados pelos técnicos em questões ambientais? Quem fiscalizará as centrais que, teoricamente, chantagearem os empresários que ficarem dependentes de pareceres para o início dos empreendimentos? Numa situação adversa como esta decorrente da crise financeira mundial, caberia ao governo criar incentivos ao setor produtivo para que promovesse novos investimentos, priorizando aqueles que gerassem mais empregos, portanto, menos automatizados. E o que vem ocorrendo de parte dos governos é o contrário: mais ônus, mais encargos, mais exigências e mais burocracia a fragilizar o setor produtivo. DEPOIMENTO DO PRESIDENTE DA COSTA RICA, QUE MERECE SER LIDO E REFLETIDO "ALGO HICIMOS MAL" Palavras do Presidente Oscar Arias da Costa Rica na Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago, 18 de abril de 2009. "Tenho a impressão de que cada vez que os países caribenhos e latino-americanos se reúnem com o presidente dos Estados Unidos da América, é para pedir-lhe coisas ou para reclamar coisas. Quase sempre, é para culpar os Estados Unidos de nossos males passados, presentes e futuros. Não creio que isso seja de todo justo. Não podemos esquecer que a América Latina teve universidades antes de que os Estados Unidos criassem Harvard e William & Mary, que são as primeiras universidades desse país. Não podemos esquecer que nesse continente, como no mundo inteiro, pelo menos até 1750 todos os americanos eram mais ou menos iguais: todos eram pobres. Ao aparecer a Revolução Industrial na Inglaterra, outros países sobem nesse vagão: Alemanha, França, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e aqui a Revolução Industrial passou pela América Latina como um cometa, e não nos demos conta. Certamente perdemos a oportunidade. Há também uma diferença muito grande. Lendo a história da América Latina, comparada com a história dos Estados Unidos, compreende-se que a América Latina não teve um John Winthrop espanhol, nem português, que viesse com a Bíblia em sua mão disposto a construir uma Cidade sobre uma Colina, uma cidade que brilhasse, como foi a pretensão dos peregrinos que chegaram aos Estados Unidos. Faz 50 anos, o México era mais rico que Portugal. Em 1950, um país como o Brasil tinha uma renda per capita mais elevada que o da Coréia do Sul. Faz 60 anos, Honduras tinha mais riqueza per capita que Cingapura, e hoje Cingapura em questão de 35 a 40 anos é um país com $40.000 de renda anual por habitante. Bem, algo nós fizemos mal, os latino-americanos. Que fizemos errado? Nem posso enumerar todas as coisas que fizemos mal. Para começar, temos uma escolaridade de 7 anos. Essa é a escolaridade média da América Latina e não é o caso da maioria dos países asiáticos. Certamente não é o caso de países como Estados Unidos e Canadá, com a melhor educação do mundo, similar a dos europeus. De cada 10 estudantes que ingressam no nível secundário na América Latina, em alguns países, só um termina esse nível secundário. Há países que têm uma mortalidade infantil de 50 crianças por cada mil, quando a média nos países asiáticos mais avançados é de 8, 9 ou 10. Nós temos países onde a carga tributária é de 12% do produto interno bruto e não é responsabilidade de ninguém, exceto nossa, que não cobremos dinheiro das pessoas mais ricas dos nossos países. Ninguém tem a culpa disso, a não ser nós mesmos. Em 1950, cada cidadão norte-americano era quatro vezes mais rico que um cidadão latino-americano. Hoje em dia, um cidadão norte-americano é 10, 15 ou 20 vezes mais rico que um latino americano. Isso não é culpa dos Estados Unidos, é culpa nossa. No meu pronunciamento desta manhã, me referi a um fato que para mim é grotesco e que somente demonstra que o sistema de valores do século XX, que parece ser o que estamos pondo em prática também no século XXI, é um sistema de valores equivocado. Porque não pode ser que o mundo rico dedique 100.000 milhões de dólares para aliviar a pobreza dos 80% da população do mundo "num planeta que tem 2.500 milhões de seres humanos com uma renda de $2 por dia" e que gaste 13 vezes mais ($1.300.000.000.000) em armas soldados. *Como disse esta manhã, não pode ser que a América Latina gaste $50.000* milhões em armas e soldados. Eu me pergunto: quem é o nosso inimigo? Nosso inimigo, presidente Correa, desta desigualdade que o Sr. aponta com muita razão, é a falta de educação; é o analfabetismo; é que não gastamos na saúde de nosso povo; que não criamos a infra-estruturam necessária, os caminhos, as estradas, os portos, os aeroportos; que não estamos dedicando os recursos necessários para deter a degradação do meio ambiente; é a desigualdade que temos que nos envergonhar realmente; é produto, entre muitas outras coisas, certamente, de que não estamos educando nossos filhos e nossas filhas. Vá alguém a uma universidade latino-americana e parece no entanto que estamos nos sessenta, setenta ou oitenta. Parece que nos esquecemos de que em 9 de novembro de 1989 aconteceu algo de muito importante, ao cair o Muro de Berlim, e que o mundo mudou. Temos que aceitar que este é um mundo diferente, e nisso francamente penso que os acadêmicos, que toda gente pensante, que todos os economistas, que todos os historiadores, quase concordam que o século XXI é um século dos asiáticos não dos latino-americanos. E eu, lamentavelmente, concordo com eles. Porque enquanto nós continuamos discutindo sobre ideologias, continuamos discutindo sobre todos os "ismos" (qual é o melhor? capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, neoliberalismo, social cristianismo...) os asiáticos encontraram um "ismo" muito realista para o século XXI e o final do século XX, que é o *pragmatismo*. Para só citar um exemplo, recordemos que quando Deng Xiaoping visitou Cingapura e a Coréia do Sul, depois de ter-se dado conta de que seus próprios vizinhos estavam enriquecendo de uma maneira muito acelerada, regressou a Pequim e disse aos velhos camaradas maoístas que o haviam acompanhado na Grande Marcha: "Bem, a verdade, queridos camaradas, é que a mim não importa se o gato é branco ou negro, só o que me interessa é que cace ratos". E se Mao estivesse vivo, teria morrido de novo quando disse que "a verdade é que enriquecer é glorioso". E enquanto os chineses fazem isso, e desde 1979 até hoje crescem a 11%, 12% ou 13%, e tiraram 300 milhões de habitantes da pobreza, nós continuamos discutindo sobre ideologias que devíamos ter enterrado há muito tempo atrás. A boa notícia é que isto Deng Xiaoping o conseguiu quando tinha 74 anos. Olhando em volta, queridos presidentes, não vejo ninguém que esteja perto dos 74 anos. Por isso só lhes peço que não esperemos completá-los para fazer as mudanças que temos que fazer. Muchas gracias."

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Lula, você é o cara!

Lula, você é o cara ! você é o cara que esteve por dois mandatos à frente desta nação e não teve coragem nem competência para implantar reforma alguma neste país, pois as reformas tributárias e trabalhistas nunca saíram do papel, e a educação, a saúde e a segurança estão piores do que nunca. Você é o cara que mais teve amigos e aliados envolvidos da cueca ao pescoço em corrupção e roubalheira, gastando com cartões corporativos e dentro de todos os tipos de esquema. Você é o cara que conseguiu inchar o estado brasileiro com tantos e tantos funcionários e ainda assim faze-lo funcionar pior do que era. Você é o cara que mais viajou como presidente deste país, tão futilmente e à nossa custa. Você é o cara que aceitou todas as ações e humilhações contra o Brasil e os brasileiros diante de Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai e outros. Você é o cara que, por tudo isso e mais um monte de coisas, transformou este país em um lugar libertino e sem futuro para quem não está no grande esquema. você é o cara que transformou o Brasil em abrigo de marginais internacionais se negando, por exemplo, a extraditar um criminoso para um país democrático que o julgou e condenou democraticamente; você é o cara que transformou corruptos e bandidos do passado em aliados de primeira linha. você é o cara que está transformando o Brasil num país de parasitas e vagabundos, com o bolsa família, com as indenizações imorais da "bolsa terrorismo", com o repasse sem limite de recursos ao MST, o maior latifúndio improdutivo do mundo e abrigo de uma bando de bandidos e vagabundos que manipulam alguns verdadeiros colonos; . Você é o cara que acabou com a verba da educação: Você é o cara que reduziu o dinheiro da Saúde. Você é o cara que não quer povo culto e politizado e sim povinho burro e submisso , para implantar um regime superado e fracassado. Você é o cara que compra apoio da mídia com polpudas verbas publicitárias pagas pelas empresas estatais. Você consegue comprar a direita traidora com dinheiro público e cargos políticos. Você é o cara que conseguiu fazer com que sua família ficasse milionária da noite para o dia. Você é o cara que consegue cegar os ideais de quem lutava por uma nação livre e soberana. É, Lula ! Você é o cara ... de pau mais descarado que o Brasil já conheceu.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Poema aberto a Zé Sarney*

Uma contribuição de Jonas. Um abraço, *Poema aberto a Zé Sarney* *Edmar Melo – São Luís MA * Prezado José Sarney Entendi o seu recado Que a crise não é sua É somente do Senado Mas me diga senador Como você empregou Tanta gente do seu lado Essa crise é sua, sim, Pois foi você quem gerou Ao empregar sua família E nomear diretor Olhando o caso com lupa Só divido a sua culpa Com quem foi seu eleitor Vi atento o seu discurso Achei até brincadeira Mas é comum com a idade A gente dizer besteira Eu só não achei correto Você empregar seu neto E culpar o Cafeteira Você não é qualquer um Como disse o presidente Mas isso não quer dizer Que você seja inocente Nem que o nobre senador Com seu discurso enganou A mim e a muita gente Aproveitando o ensejo Permita-me indagar Como o senhor conseguiu Tanta gente empregar E também ensine a gente Como ajudar os parentes Que não querem estudar Por fim, nobre senador Desculpe se fui direto É que também sou avô Mas nunca empreguei um neto Coloquei-o pra estudar Pra num concurso passar Sem precisar ser secreto.

Floremildo, um idiota.

De: Beto Mesquita Para: redeflorestal-br@yahoogrupos.com.br; Rede Florestal - RJ Enviadas: Domingo, 12 de Julho de 2009 13:31:07 Assunto: [redeflorestal-br] Feliz Dia do Engenheiro Florestal Floremildo, um idiota. Beto Mesquita* Floremildo é um idiota. Mas não um idiota como outro qualquer. Floremildo é um idiota que sabe das coisas. Ao contrário do seu primo-irmão Eremildo, nacionalmente famoso graças às inúmeras citações às quais fez jus na coluna do Gaspari, Floremildo é um idiota esclarecido. Nessa disputa toda entre ruralistas e ambientalistas, por exemplo, Floremildo não tem dúvidas de que lado está engajado, mesmo não entendendo muito bem quais são exatamente os argumentos para terem colocado uns contra os outros. Mas Floremildo não poderia ficar de fora, não poderia deixar de dar sua opinião. Mesmo quando sua opinião reduz-se a simplesmente a concordar com a opinião de outra pessoa. Floremildo é assim mesmo, meio adesista e sem muita paciência – ou sem muito talento, até hoje não se definiu – para elaborar suas próprias opiniões. Mas tudo bem, afinal, tem sempre alguém que pensa igualzinho a ele, só que com mais traquejo, ou pelo menos com mais tempo, para expressar suas próprias opiniões. Como bom idiota, Floremildo não entende muito bem de pesquisas e de estatísticas. Mesmo assim, achou estranho quando um pesquisador afirmou que mais de 90% de um grupo de pessoas que haviam respondido a um questionário achavam que se deveria mudar o Código Florestal do país. Até aí tudo bem, pensou Floremildo, afinal, ele próprio havia respondido ao mesmo questionário e estava entre a grande maioria que entendia ser necessário haver mudanças. Mas o que Floremildo ficou sem entender foi o fato de o pesquisador ter dado a entender que esta imensa maioria que propunha mudanças corroborava com as mesmas mudanças propostas pelo próprio pesquisador. Mas tudo bem, Floremildo é um idiota, ele não poderia mesmo entender as nuances da tendenciosidade no método científico. Mas o que Floremildo gosta mesmo é de textos bem escritos, rebuscados, cheios de citações. Mesmo que ele não seja capaz, ou simplesmente não tenha tempo, de compreender muito bem ou analisar criticamente a maior parte do que está lendo, Floremildo se encanta com textos assim. Outro dia, ao deparar-se com um tratado sobre direito, Floremildo ficou tão extasiado que anunciou publicamente que guardaria o texto para os anais das consultas periódicas. Quando o próprio autor se corrigiu, dando-se conta que mais da metade do que escrevera bonita e estilosamente não correspondia à realidade conceitual dos fatos, Floremildo sentiu-se um idiota. Isso já havia acontecido antes, naquele episódio em que um doutor da pesquisa agropecuária misturou alhos, cebolas e bugalhos e produziu uma pérola estatística cujas conclusões eram tão robustas quanto pasteis de vento. Quando coisas assim acontecem, Floremildo opta pelo silêncio. Afinal, ele pode até ser um idiota, mas não faria o papel de anunciar que deletara dos seus anais os equívocos alheios pelos quais tanto havia se encantado. Floremildo é do bem. Não quer mal a ninguém. Acredita sinceramente que a solução para todos os males e entraves do mundo, do licenciamento ambiental ao parto natural de cócoras, passando pelo manejo florestal, pelas unhas encravadas e pela qualidade ambiental das bacias hidrográficas, está na estabilidade das regras. E regras simples. Mas Floremildo também acha que certas coisas não deveriam ser regradas, que o melhor é deixar cada um fazer o que acha que seja o melhor. Ou que certas regras ficariam muito melhores se fossem estabelecidas pelo vizinho e compadre, que no momento é o atual prefeito da cidade onde ele mora. Floremildo é devoto de São João Gualberto. Mas justifica-se ao considerar sua obra apenas uma metáfora a ser estudada, não um exemplo a ser seguido. Afinal, Floremildo, que é idiota, mas sabe das coisas, percebe muito bem que o mundo é outro, os tempos são outros e já passou da hora de deixarmos de impedir o crescimento do país só por causa de alguns sapos, pererecas e lagartos, ou por causa de uns pedacinhos de mata de nada. Floremildo, que é idiota, mas não é bobo, sabe que já passou o tempo de darmos atenção a uns poucos hippies loucos e senhoras histéricas que ainda acham que podem manter mais de 80% da Mata Atlântica protegidos... O Brasil precisa crescer, precisa de espaço, e a humanidade precisa de alimentos. E Floremildo sabe muito bem de que lado ele está. Afinal, Floremildo pode até ser um idiota, mas ele não tem dúvidas. * Beto Mesquita é um engenheiro florestal ambientalista que gosta de escrever e às vezes se sente um idiota, assim como Floremildo.

domingo, 12 de julho de 2009

Dia Nacional do Engenheiro Florestal

12 de Julho Dia Nacional do Engenheiro Florestal Em 12 de julho de 1073, aos 78 anos, faleceu João Gualberto. Monge Beneditino, dedicado à silvicultura, que reflorestou os vales de Valombrosa na Itália. Esta data é o Dia de São João Gualberto, reconhecido como o santo defensor das florestas e protetor dos Engenheiros Florestais. Aqui, no dia de nosso padroeiro, comemoramos o Dia Nacional do Engenheiro Florestal, profissional apto a avaliar o potencial biológico dos ecossistemas florestais, para planejar e organizar o seu aproveitamento racional, de forma sustentável, garantindo a manutenção e perpetuação das formas de vida animal e vegetal. Esta aptidão se deve a uma formação coerente com uma seqüência de disciplinas teóricas, práticas, de campo e laboratórios, que possibilitam uma profissionalização nas áreas de manejo florestal, ecologia aplicada e tecnologia de produtos florestais, propiciando uma formação que abrange os aspectos ambientais, sociais e econômicos. Em uma sociedade com demandas crescentes de produtos de origem florestal, o papel do Engenheiro Florestal é de fundamental importância técnica e estratégica, considerando que o Brasil possui cerca de 30% das florestas tropicais do mundo e plantações florestais de altíssima produtividade. No Brasil, a criação do primeiro curso de Engenharia Florestal deu-se em 1960, em Viçosa - MG. O principal objetivo era o de conferir sustentabilidade à utilização dos recursos florestais, atuando na produção florestal, na preservação de áreas ambientalmente estratégicas e na recuperação de terrenos degradados, além da geração de tecnologias voltadas para estes fins, bem como para o processamento e beneficiamento dos produtos florestais. Em 1964 a escola foi transferida para Curitiba - PR, e neste mesmo ano ocorreu a formatura da primeira turma de Engenheiros Florestais brasileiros. Hoje contamos com 58 cursos de graduação, e algo em torno de 13 mil profissionais formados no Brasil. Neste 12 de julho, Dia Nacional do Engenheiro Florestal, comemoraremos todo o avanço tecnológico alcançado pela Engenharia Florestal Brasileira nestes 49 anos, tornando-se uma referência mundial. Sempre buscando alternativas sustentáveis para o desenvolvimento de nossa nação, aliando a preservação ambiental e a qualidade de vida, à geração de empregos e renda para o nosso povo. Os produtos florestais estão no cotidiano de todos nós. Na lenha que abastece o forno na padaria da esquina, nos móveis e na construção de nossa casa, na castanha, no açaí, na industria química e farmacêutica, na siderurgia, no caderno dos nossos filhos, nos diversos tipos de papel que utilizamos todos os dias de nossas vidas, e no carvão daquele churrasquinho do final de semana... Entretanto, a classe ainda busca o respectivo reconhecimento da sociedade, e a criação de políticas públicas que atendam às necessidades da atividade florestal, responsável por aproximadamente 5% do PIB nacional. Através das 35 entidades de classe filiadas à Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais - SBEF, temos trabalhado muito pela organização de nossa categoria. Mas é preciso um esforço conjunto. O cidadão, como consumidor de produtos e serviços, deve sempre certificar-se sobre a origem da matéria-prima e conhecer os processos de fabricação. Deve exigir das empresas e do poder público, que estas atividades tenham sempre a responsabilidade técnica de um profissional habilitado, com conhecimento técnico-científico capaz de atender as demandas da sociedade, garantindo a conservação dos recursos naturais e a qualidade ambiental. Seja na produção, seja na gestão de áreas verdes, na arborização urbana, nos reflorestamentos, no manejo das bacias hidrográficas... De nossa parte, continuaremos sempre trabalhando pelo desenvolvimento da Ciência Florestal, pela formação ética e responsável, pela capacitação e atualização de nossos profissionais, e por uma efetiva fiscalização do exercício profissional, garantindo assim a qualidade dos serviços prestados à sociedade, ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável de nosso país. Exija sempre um Engenheiro Florestal. As nossas florestas agradecem. Eng.º Florestal Glauber Pinheiro Presidente da SBEF

quarta-feira, 24 de junho de 2009

FLORESTA COLONIAL - Prof. Franz Adrae

Número 07/2001 Floresta Colonial B O L E T I M I N F O R M A T I V O _________________________________________________________________ Projeto: Revitalização da pequena propriedade rural na região central do Rio Grande do Sul, pela atividade florestal Editorial Este é um número extra do Boletim Informativo Floresta Colonial, veículo de informação do projeto Floresta Colonial. O Projeto, iniciado em 1998 com o objetivo de incrementar a atividade florestal nos municípios da Quarta Colônia de Imigração Italiana no Rio Grande do Sul, é a materialização de um convênio entre a Universidade Federal de Santa Maria e a Universität für Bodenkultur de Viena, Áustria. Enquanto as edições anteriores foram dirigidas aos agricultores e tinham como objetivo principal a demonstração da conveniência da produção florestal nas propriedades rurais, este número é vol-tado, específicamente, àqueles que, de alguma forma, já estão ligados à ativi-dade florestal, e objetiva incentivar a reflexão sobre a necessidade de mudança de paradigmas no trato das questões florestais. Você tem à sua disposição o depoimento de um ilustre engenheiro florestal, cuja experiência e amor pela causa florestal, especialmente gaúcha, são amplamente conhecidos e reco-nhecidos. Leia-o, reflita, tome atitude. Carta aberta aos interessados nas questões florestais do Rio Grande do Sul. Tomo a liberdade de opinar, já que acompanho – muitas vezes só de longe – a sorte do ambiente florestal gaúcho. Pude participar, durante quase dez anos, da formação do curso de Engenharia Florestal de Santa Maria, experiência que influiu muito sobre meu pensamento e meu horizonte. Embora desligado de uma colaboração direta há mais de 20 anos, jamais diminuiu o meu interesse pelas questões florestais gaúchas. Ao contrário, a partir de 1996, começamos a planejar e, finalmente, em 1998, a implantar o projeto Floresta Colonial, concretizando uma antiga idéia. As linhas seguintes são uma reação ao ambiente que esta idéia enfrentou; é um texto crítico, certamente, porém de intuito positivo, resultado de um pensa-mento subjetivo, mas sem interesse pes-soal, uma tentativa de aplicar experiên-cias e conhecimentos adquiridos em “duas pátrias”. Perdoem-me a ousadia de, como austría­co, opinar interpretando o setor florestal de vosso hospitaleiro Estado. Não se trata de um pensamento de superioridade que me motiva, e sim de gratidão e simpatia pelo Rio Grande e o seu povo, aliado a minha convicção que este chão possui enormes potencia-lidades, proporcionadas por suas caracte-rísticas naturais, estruturais e humanas. Do projeto – ponto de partida Com parcos recursos e pequena equipe, mas cheios de expectativas co-meçamos a divulgar a idéia da Floresta Colonial. Ela tem por fundamento a convicção de que a floresta é mais do que um conjunto de árvores destinado ao fornecimento de benefícios imateriais. Acreditamos que a sobrevivência da humanidade depende da produção pri-mária, baseada na energia solar, sendo, assim, o uso do solo uma necessidade natural. Por isto, o aproveitamento das florestas merece ser considerado não somente como fator sócio-econômico mas, sobretudo, como um recurso natural renovável. Floresta Colonial quer tornar realidade este conceito amplo, em benefício da sociedade e principalmente do interior colonial, através da produção conjunta de bens florestais materiais e imateriais. É no meio colonial de alguns municípios situados a nordeste de Santa Maria que se iniciou o trabalho. Justi-fica-se a zona de atuação pela grande coincidência do ambiente das colônias tradicionais com as regiões da cobertura florestal original do Rio Grande, onde a topografia apenas parcialmente se apresenta apta à realização de culti-vos anuais e ao emprego de tecno-logias agrícolas mecanizadas. Trata-se de uma zona representativa para grandes extensões do território gaúcho, habitadas por uma fração apreciável da população rural do Estado. Neste meio colonial, o cultivo florestal significa uma alternativa para culturas pouco rentáveis, sendo indicado, principalmente, para áreas sub-utilizadas, nas quais as práticas tradicionais aproveitam o solo espo-radicamente, alternando curtos períodos de cultivo com longos períodos de descanso, sem nenhum rendimento econômico. O projeto atua, entretanto, num meio cuja tradição, até há pouco tempo, era a substituição da floresta por outros usos do solo – processo destruidor, feito a machado e fogo. Verdade é que se trata de um processo de ocupação de solo como o praticado em todas as partes do mundo, adaptando métodos e cultivos até encontrar estabilidade ecológica nos seus usos. O processo representa o primeiro estágio para a formação das chamadas “paisagens culturais”, de usos estáveis e bem diversificados, altamente atrativas e de elevado potencial turístico. Considerando que, apenas há três ou quatro gerações, os primeiros colonos começavam a enfrentar a vegetação exuberante da mata subtropical, podemos imaginar o predomínio de uma menta-lidade agrícola voltada à defesa de áreas desbravadas contra a vegetação lenhosa invasora. Para tal pensamento, o cultivo florestal, necessariamente, significa uma verdadeira reviravolta: a floresta, há pouco uma inimiga, tornando-se, de repente, objeto de fomento e meio de produção? Não tínhamos ilusão quanto ao sucesso imediato e amplo da Floresta Colonial. Mas hoje já existem alguns agricultores pioneiros: temos exemplos modelares em algumas propriedades da região do projeto, com povoamentos que datam de uma iniciativa realizada nos anos 70. Eles servem de demonstração, pontos de partida, provas da alta eco-nomicidade da floresta para a colônia e objetos de pesquisas científicas. Também temos novas parcelas experimentais e povoamentos implantados em proprie-dades familiares, por iniciativa do pro-jeto. Nos contatos com os agricultores, percorrendo com eles lavouras e capo-eiras, em reuniões, palestras e excursões, mas também nos encontros com técnicos da extensão agrícola, sente-se que a idéia é bem entendida e aceita. Há, porém, ainda grandes obstáculos para passar da aceitação mental para a ação! Por vezes tímida, por vezes abertamente, encon-tramos a dúvida, a passividade, a inse-gurança, o medo – sentimentos que parecem dominar o meio colonial. Dis-cutindo os assuntos relacionados à floresta, notamos que a ignorância ou o simples espírito conservador muito raramente são os fatores que inibem os agricultores a adotar a nova idéia, que em outras partes do mundo são tradição e realidade benéfica. Onde, então, se encontra o problema? Chegamos à conclusão de que, em grande parte, é o paradigma florestal vigente no Estado que cria um “clima” desfavorável à assimilação do conceito de cultivo e manejo (sustentado) de florestas nas pequenas propriedades. Do Rio Grande – produtor e consumidor de madeira A atual resistência à aceitação da madeira como cultura alternativa na antiga zona florestal gaúcha chama a atenção. Mesmo sem conhecer os resultados do inventário florestal em andamento, é mais do que óbvio que, nas últimas duas décadas, aumentou a cober-tura florestal do Estado (de diferentes estágios). Este fato, porém, não levou a um aumento da oferta madeireira (desconsiderando Pinus e Eucalyptus). Ao contrário, enquanto à época da cria-ção do curso de Engenharia Florestal em Santa Maria, o Rio Grande era expor-tador de madeira de qualidade, hoje passou à condição de importador de enormes quantidades de matéria-prima oriunda do norte do país. A carência de madeira também é visível quando se observa a qualidade produzida, comercializada e beneficiada: o Rio Grande atual se satisfaz com uma produção de madeira bruta de qualidade comparativamente baixa e níveis modes-tos de aproveitamento na sua transforma-ção. E mais: o Rio Grande, mesmo que originalmente coberto na sua maior parte de campos, é vizinho de vastas regiões desprovidas de florestas naturais. Somando-se os fatos, constatamos que a dimensão do mercado local e interna-cional de madeira, bem como a vocação natural de boa parte das áreas antes cobertas por ricas florestas, deveriam servir de motivação para gerar um amplo movimento estadual em favor da utilização destas chances ecológicas e da potencialidade produtiva existente. Estranhamos a resistência dos agri-cultores e da classe florestal quanto ao aproveitamento destas oportunidades, já que o gaúcho, se pensarmos no seu papel de vanguarda em relação ao cultivo da soja no Brasil, sabe ser flexível e aberto às novas idéias. Do paradigma florestal no Rio Grande A idéia sobre florestas atualmente dominante parece considerar o Estado como um lugar desabitado e sem estruturas fundiárias. Sem dúvida, não houve um planejamento de uso integrado do solo quando, nos séculos XIX e XX, todas as florestas ainda virgens foram colonizadas, isto é, entregues exclusi-vamente à agricultura. Faltou a visão de reservar áreas para no futuro atender ao interesse público em florestas, pois é o poder estatal que mais facilmente pode-ria aventurar-se em empreendimentos de longas rotações ou de conservação. Hoje, no Rio Grande, as áreas pertencentes às Florestas Nacionais são insignificantes e não existem florestas estaduais para produção, cabendo à iniciativa particular o atendimento das demandas de produtos florestais, materiais e imateriais. Quando, nos anos 60, o uso exaus-tivo das florestas aos poucos acabou com as reservas, optou-se por um modelo de incentivo à produção de madeira, que somente considerou e beneficiou grandes empresas florestais. Surgiram plantações homogêneas de curta rotação, sistemas florestais que lembram os moldes da produção agrícola, sobretudo por se enraizarem, principalmente, em zonas de campos e em áreas facilmente mecani-záveis. Estas florestas não nasceram da convicção de sua singular vantagem para o uso múltiplo do solo. Não! O desen-volvimento florestal foi muito mais uma reação aos incentivos financeiros especí-ficos, que não deixaram opção para a produção de madeira nos milhões de hectares do Rio Grande, sob cobertura florestal nativa, em posse de centenas de milhares de pequenos proprietários. Com os anos tornaram-se visíveis, na paisagem, as florestas econômicas, manejadas com técnicas adequadas, con-trastantes com as outras florestas, de áreas muitas vezes mais extensas e sem finalidade econômica, nem manejo. E esta diferenciação onipresente, espacial e funcional, virou ideologia. Aos poucos surgiu um novo paradigma: a dissociação efetiva das áreas florestais por suas funções. De um lado, as florestas de produção e, de outro, as quase intocá-veis. Parece que não se levou em consi-deração o conceito moderno de uso múltiplo, isto é, a obtenção simultânea de matéria-prima, proteção, equilíbrio am-biental e benefícios recreativos. Neste conceito, qualquer tipo de floresta, seja plantada, seja nativa, deveria ser avaliada, usando-se os mesmos critérios ecológicos e sócio-econômicos. No Rio Grande optou-se por um conceito de separação de funções das florestas; opção até aceitável, quando se trata de um planejamento para regiões despovoadas, mas fatídico para regiões com estruturas já definidas. Este conceito era menos estranho nos anos 60 e 70, quando existia otimismo na agricultura, pelas perspectivas aparentes da soja. A realidade hoje é outra: é a da falta de alternativas agrícolas para as regiões coloniais com topografia de vocação florestal. O êxodo rural, em conseqüên-cia, tornou-se um fenômeno comum. A inexistência de produção susten-tada de madeira nas zonas antigamente florestadas não se deve somente à ausência de incentivos financeiros, mas muito mais ao não reconhecimento do potencial econômico inerente a estas áreas. A colocação da existência destas florestas como sinônimo de proteção ambiental é de tal modo divulgada, que se tornou pecado pensar em sua uti-lização. Verifica-se até uma tendência de impor esta separação espacial/funcional, não com diálogo e recompensa, mas através de forte militância, com atitudes semelhantes ao combate ao terrorismo ou ao narcotráfico, proporcionando aos eco-guerreiros uma aura de heroísmo (basta analisar as reportagens em jornal, rádio, TV). O efeito sobre a percepção dos proprietários e habitantes do interior, por falta de diálogo, esclarecimento e supor-te, e pelo excesso de regulamentações, não é o desejado. Gera apenas sentimen-tos de desinteresse, incerteza, medo e a conseqüente falta de perspectivas e de conhecimento. Toda vez que, em nossos contatos com os agricultores, o assunto se referiu à floresta e sua utilização sustentada, foram ouvidas alegações carregadas dos sentimentos citados que, por fim, superam os argumentos mais lógicos à favor da Floresta Colonial. Verificamos, assim, que a realidade florestal se caracteriza, por um lado, pela extrema liberalidade do uso de florestas exóticas e, por outro, pela imposição severa das funções exclusivamente sociais às áreas nativas das pequenas propriedades. Enquanto das florestas industriais não se exige qualquer geração de benefícios imateriais (embora o façam), impede-se a possibilidade de usufruir os benefícios econômicos das florestas nativas. Chama-nos a atenção o fato de que a própria Engenharia Florestal, certa-mente na melhor das intenções, coopera para a manutenção deste paradigma intransigente. Mundo afora, prevalece a convicção de que os melhores resultados nas tentativas de proteção dos recursos naturais são obtidos pela integração, pela participação e pelo despertar dos interes-ses da população diretamente atingida. Será que o clima de tensão que se criou em torno da teoria e prática prote-cionista reflete um antagonismo entre cidade e campo? Será que as regras do jogo foram elaboradas assim, por ignorar-se a complexidade dos sistemas florestais e se desconhecer a realidade ecológica, sócio-econômica e cultural do interior? Sendo o uso múltiplo uma faceta da sustentabilidade, não podemos deixar de constatar uma realidade um tanto hipócrita: fala-se e exige-se a sus-tentabilidade, porém sem fomentá-la. Ao contrário, impede-se a sua implantação integral. Dos regulamentos – excessos e carências O desenvolvimento agrícola nas regiões coloniais foi acompanhado pela eliminação – por vezes necessária, é certo – das florestas. Neste período elas serviam somente como reserva territorial e ninguém, salvo José Zell, no seu famoso memorial de 1929, as qualificou como fonte permanente de benefícios para os agricultores. As conseqüências do desmatamento foram reservas esgo-tadas e danos ambientais. A legislação florestal da época era inapta para disciplinar o processo. Assim, pode-se entender o espírito dos regulamentos atuais também como reação, até necessária, à dinâmica de degradação ambiental e aos desperdícios de ricos recursos naturais. Ninguém duvida do direito da sociedade de intervir no tratamento de florestas, mesmo parti-culares, já que se trata de um bem cujos efeitos são de interesse comum. Na formulação e execução das normas há determinações rígidas, acompanhadas de punições muito severas, prova de des-confiança das intenções dos proprietários de florestas (nativas). A estrutura do setor florestal público, porém, é compli-cada. Parece-nos estranho que as flores-tas não sejam consideradas como parte dos assuntos de uso do solo, pertencendo integralmente à um só órgão, que engloba temas de agricultura, pecuária e florestas. Uma secretaria de produção rural, por exemplo. Na realidade, há uma sobreposição de agendas de entidades ambientais e da agricultura, além da atomização de competências e da constante migração de responsabilidades. A prática, então, às vezes, leva à atuação simultânea de várias instituições num mesmo pedaço de terra, além de confrontar o cidadão, continuamente, com situações administrativas diferentes e regulamentos novos em relação à floresta. Poder-se-ia interpretar esta alta freqüência de modificações também como uma conseqüência da reduzida prati­cabilidade das leis, portarias, decretos etc., substituindo-os por outros provisórios, igualmente de curta duração. Isto criou uma situação que, até para os casos mais triviais, se exigem planos e projetos, fazendo dos interessados, dependentes de “peritos”, desestimu-lando a formação de um espírito florestal positivo no meio rural. Na ânsia de acabar com o tratamento abusivo das florestas, é exercido um controle sistemático, o que necessariamente acaba em restrições, formalizações e punições exuberantes. O efeito óbvio é contra-produtivo, por não fazer jus às multipli-cidades de ambientes florestais. A “formularização” da atividade florestal, baseada em manuais, guias, fórmulas – enfim, receitas –, leva a uma terrível e desnecessária inflexibilidade quando se trata de usar espécies ou florestas nativas. Qualquer procedimento se torna objeto de intervenção “técnica”, ocupan-do autoridades qualificadas com triviali-dades, como no caso do corte de árvores singulares ou até mesmo de árvores mortas. A rigidez de normatizar qualquer intervenção dificulta manejos adequados às situações locais específicas, para as quais jamais podem existir manuais apropriados. Para um europeu, certas disposições legais não deixam de ter algo de grotesco ou cômico: o não reconhe-cimento de renovação natural como reposição obrigatória; o plantio de um determinado número de árvores por unidade volumétrica cortada; o rigor das vistorias e planos para espécies nativas do Brasil, mesmo quando estas são plantadas fora do seu habitat natural; as restrições extraordinárias para as espécies nativas e a liberalidade frente às monoculturas exóticas. A preocupação da legislação florestal, bem como de certas entidades ambientalistas, torna-se um tanto contra-ditória no que tange à origem das árvores. Simplificando, talvez a verdade seja que no Rio Grande de hoje haja uma única forma de produzir madeira sem “incomodar-se”: a de optar pelo uso de espécies exóticas. Chama-nos a atenção o seu trato preferencial pelos regula-mentos. Compartilhamos as dúvidas de muitos ecólogos quanto ao uso de espé-cies introduzidas em maciços, conside-rando a riqueza do Estado em madeiras nobres autóctones. Entre alguns ambien-talistas, estas dúvidas por vezes levam à fobia desnecessária contra as espécies florestais exóticas. Estranhamente, o Brasil, em outras áreas, soube fazer, do introduzido, símbolos nacionais ou regi-onais, como no caso do churrasco (gado), do cafezinho, da caipirinha (cana) ou da soja – e nada disso é autóctone! Somente regulamentações que faci-litem a produção e o uso das essências nativas poderão gerar mais interesse; o que se vê na prática, porém, é o contrá-rio. Os procedimentos para permitir a realização de atividades com espécies ou florestas nativas são de tal modo minados de complicações, que geram a impressão de que tudo existe, não em função da preocupação com os ecos­sistemas, mas para arrecadação de taxas, honorários ou multas. Esta impressão se alimenta dos comunicados orgulhosos, dados à imprensa, relativos aos valores de multas aplicadas. Se, por um lado, encontramos um exagero de regulamentações norma-tizantes, por outro, sentimos também a falta de certas considerações na lei – e queremos mostrar apenas alguns exem-plos, entre tantos que mereceriam ser mencionados. Regula-se até nos detalhes o procedimento para obter uma permis-são de corte e transporte de até duas árvores, mas nem existe uma definição sobre “o que é floresta”. Exigem-se vistorias, mas falta a definição de um prazo máximo para a sua execução. Mencionam-se as várias vantagens das florestas, mas evita-se uma consideração do seu efeito em conjunto, o do seu uso múltiplo. Os regulamentos sobram em detalhes, mas são insuficientes no geral: sabemos que os benefícios decorrem da cobertura florestal, sendo, conseqüen-temente, mais importante considerar a eficiência da área e não de árvores singulares. Regulamenta-se o descapo-eiramento, como se dependesse do tama-nho da propriedade e não de sua própria dimensão. Exige-se um sem número de informações para planos de manejo, mas faltam os instrumentos para apro­veitá-las no próprio planejamento. Obriga-se o consumidor de madeira a preocupar-se com o abastecimento sustentado, no lugar de harmonizar a produção florestal com o mercado e com o interesse público. Determinam-se diâmetros míni-mos para exploração de espécies, como se não soubéssemos da existência de enormes diferenças nas qualidades de sítio. Decreta-se a cobertura florestal mínima nas propriedades rurais, sem considerar as diferenças fisionômicas da vegetação natural, etc, etc... Se o entusiasmo e o esforço para o controle ou a coerção das atividades na floresta nativa fossem investidos em programas positivos de produção, através de esclarecimento e fomento, criar-se-ia um clima favorável à floresta, sim, mas contribuindo, ao mesmo tempo, para a integração da população na marcha de um desenvolvimento sustentável, isto é, ecológico e socialmente justo. Da ecologia das florestas do Rio Grande A consciência ecológica da sociedade, sem dúvida progrediu muito, ultimamente. Nem sempre, porém, com toda a conseqüência. É uma opinião bas-tante difundida, a que equipara a ecologia com a proteção e a proteção florestal com a sustentabilidade. Não é um fenômeno exclusivamente gaúcho – também nos países industrializados há quem pense que a função da ecologia não é a de ser guia para o manejo consciente da natureza mas, sim, ser a própria proteção ambiental. Queremos, com poucos exemplos, mostrar que, às vezes, o efeito não é ecologicamente correto. Hoje se comemora uma vitória ecológica, quando florestas são declara-das intocáveis, mas se desconsidera, por completo, que o mercado gaúcho de madeiras se abastece em grande parte de outras regiões. O custo ambiental de 4.000 km de transporte em estradas, partindo da Amazônia até o Rio Grande, é enorme: seria muito mais ecológico produzir (e cortar) a madeira perto do local de consumo. Assim, o Rio Grande está participando diretamente do desgaste de reservas naturais. E mais: ninguém também pergunta pela eficiên-cia ambiental dos controles exigidos pela lei florestal, até para fiscalizar cortes de volumes insignificantes. Também não encontramos ninguém que se preocupe com a propagação do uso do gás (proveniente de energia fóssil) no meio colonial, enquanto árvores mortas, potencialmente lenha e recurso renová-vel, devem apodrecer no mato. Não seria muito mais ecológico incentivar justa-mente o manejo das florestas nativas nas pequenas propriedades rurais, criando um mosaico ecológico de diversidade extraordinária na paisagem colonial? Não seria justamente esta a situação que também os movimentos ambientalistas desejam? Não nos convém qualificar as grandes plantações econômicas, homo-geneizadas até geneticamente, porém elas são aceitas e incentivadas para obter matéria-prima lenhosa padronizada. Por que, então, se torna problema aceitar com naturalidade o potencial produtivo existente nas florestas nativas? E nem vamos lembrar aqui o lado eco-sociológico desta comparação, a mão-de-obra ocupada, os empregos gerados pelo trabalho nas florestas coloniais e, posteriormente, pelo aproveitamento da matéria-prima produzida. Da Engenharia Florestal As dificuldades encontradas para o uso das florestas coloniais provavel-mente também se devam a um certo déficit de conhecimentos técnicos em relação ao trabalho com estas formações complexas. O Rio Grande esteve entre os primeiros estados brasileiros a dispor de um curso superior de Engenharia Flores-tal, tendo formado centenas de engenhei-ros. Qual é o papel da Engenharia Florestal na prática? Qual é a sua função na sociedade, a sua contribuição para um desenvolvimento ecologicamente susten-tável e socialmente justo? Seria mero acaso que, durante a existência do curso de Engenharia Florestal em Santa Maria, o Estado tenha passado da condição de exportador de madeira para a de grande importador? Sem dúvida é injusto cor-relacionar os dois fatos, pois as expor-tações resultaram da pilhagem dos pinhais nativos; mas a verdade é que o aumento da produção de madeira durante estes 30 anos não acompanhou a deman-da crescente. Qual a explicação para isso? Será que não houve penetração suficiente das opiniões dos técnicos na determinação dos objetivos do desen-volvimento florestal? Qual é então a tarefa da Engenharia Florestal? E per-gunto até: existe um perfil definido, que torna a profissão singular? Creio que a resposta é negativa, fazendo com que não se perceba bem o caráter singular do engenheiro florestal entre as profissões ligadas ao meio ambiente. Talvez isto seja um indicativo para a falta de emancipação. Sabemos que não foi fácil para a profissão enraizar-se dentro das ciências rurais e ambientais, mas, aos poucos, esperava-se que a Engenharia Florestal se ocupasse dos assuntos de relevância florestal, de modo a trans-portar os seus pontos de vista para a sociedade. Quer me parecer que, em parte, aconteceu até o contrário: uma diluição do espírito florestal nos para-digmas vigentes. Uma prova disso é a interpretação da evolução da cobertura arbórea do Estado: nota-se que o aumen-to visível das áreas florestais vem sendo louvado como mérito da legislação. Na verdade, é conseqüência da crise da agricultura colonial, seguida do aban-dono de terras. Certamente não é motivo para se orgulhar. Não que não desejás-semos um aumento da percentagem de terra florestada, mas é contraprodutivo e ingênuo desconsiderar os efeitos cola-terais: quem se orgulha da volta das florestas, deste modo, corre o risco de ser responsabilizado pela continuidade do déficit de madeira, pelo despovoamento do interior, pelo êxodo rural, pela paisagem asselvajada e pelo apareci-mento de favelas até nas pacatas cida-dezinhas da colônia gaúcha. Desta transformação estrutural da paisagem colonial, a Engenharia Flores-tal poderia ter tirado motivos para se projetar, insistindo na integração das funções florestais como modelo de solução. A Engenharia Florestal, em vez de ser como qualquer um dos grupos que trabalham no campo ambiental, deveria dedicar-se mais à produção, num sentido amplo, através da pesquisa, do ensino, da extensão, da conservação dos recursos hídricos, de incentivos, da publicidade. Com este perfil específico, a profissão geraria uma competência insubstituível e inconfundível. Considero um beco sem saída, um caminho sem sustentabilidade, dedicar-se demais às tarefas de fisca-lização mesquinha, fornecimento de certidões e elaboração de projetos de pouco desafio técnico. As florestas não deveriam ser vistas desta forma para geração de recursos para a classe. Ao contrário, esta deveria promover o desen-volvimento florestal, visando a geração de recursos para a sociedade. Ainda não é tarde para começar um processo de reorientação da missão dos engenheiros florestais. Emitindo sinais de incentivo à produção, serão abertas perspectivas para atividades satisfatórias e importantes em seus efeitos sobre as condições sociais e econômicas do Estado. Da ilusão de um Rio Grande florestal Querendo, todos nós aprendemos, a cada dia que Deus nos dá. Aprendemos analisando a realidade, analisando o nosso meio ambiente em constantes modificações. Condicionemos os nossos objetivos aos achados destas análises. Hoje as condições sócioeconômicas são bem diferentes das de 20 ou mais anos atrás. As mudanças no interior do Rio Grande criaram uma série de problemas, inclusive sociais, que a nossa profissão poderia atenuar. Revertamos as atitudes burocráticas, de administrar formulários, de recorrer à ameaça, puni-ção e repressão e suas conseqüências. Transformemos tudo isso em um sistema de diálogo, de esclarecimento, de incentivo, para criar um clima positivo e humano. Tomemos a situação estrutural e fundiária do Estado por realidade. A possibilidade de se fazer reservas de vastas áreas intocadas no Rio Grande foi perdida há mais de um século. Dedi-quemos as áreas de cobertura lenhosa ao uso múltiplo, dando uma oportunidade ao seu potencial produtivo, claro que sempre dentro das normas necessárias de proteção e conservação, mas sem excessos burocráticos. Simples proibi-ções não são soluções inteligentes quando não se oferecem, simultanea-mente, alternativas aceitáveis. E a Engenharia Florestal seria um guia para alcançar o uso sustentado da natureza. Despertar o interesse dos agricultores pela causa florestal vai trazer mais satisfação profissional do que incriminá-los. E que ninguém diga que o agricultor não aceitaria cultivos arbóreos e não aprenderia a planejar um regime sustentado de produção. Não precisamos citar os exemplos dos minifundiários centro-europeus, pois no próprio Rio Grande existem várias provas. Basta ver os milhares de agricultores que optaram pela acacicultura como parte de seu sustento. Para eles, aparentemente, bastou a perspectiva econômica e a desburocratização legal, para convencê-los e fazê-los agir. Por que não estimular toda a colônia gaúcha para ativar as terras ociosas que, possivelmente, cobrem 10 ou 20 vezes mais área do que as plantações industriais? Já existem secretários de agricultura municipais dispostos a propagar a floresta para as colônias. Imaginemos se existisse todo um sistema de extensão florestal, condicionando o seu serviço às carac-terísticas e necessidades regionais: quan-to emprego para os engenheiros, que campo enorme de pesquisas, que volume de trabalho neste deserto florestal e, também, que novo potencial econômico para o interior! O que o proprietário colonial precisa é de uma perspectiva, principalmente em tempos em que o setor fumageiro, até hoje um suporte da agricultura na zona montanhosa, também discute alternativas de produção. Qual será o futuro se um dia o fumo fracassar em termos econômicos? O que os movimentos conser-vacionistas e ambientalistas ambicionam é um ambiente ecologicamente sadio. Por que, então, não unirmos os interes-ses? Para produzir (cortar) madeira, precisamos ter e manter florestas. Quem quer ver florestas, dentro de um país no qual existem segurança, justiça social e perspectivas para o agricultor, que fomente a produção e o consumo florestal, isto é, que concorde também com a posterior utilização da madeira! Afinal, em tempos em que todos falam de sustentabilidade, não há alternativa mais ecológica. Franz Andrae é engenheiro florestal, doutor e professor na Universidade Rural de Viena, Áustria. Ex-professor da Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul. ________________________ Expediente Floresta Colonial Convênio Universidade Federal de Santa Maria (Brasil) Universität für Bodenkultur, Viena (Áustria) Coordenação Prof. Franz Andrae (Austria) e Prof. Miguel Durlo (Brasil) Editores Professores: Delmar Bressan, Franz Andrae, José Newton Marchiori, Miguel Durlo Endereço Departamento de Ciências Florestais CCR/UFSM 97105-900 – Santa Maria (RS) Fones: (055) 220.8444 e (055) 220.8915 Ramal 29 E-mail: mdurlo@ccr.ufsm.br Fomento: Ministério de Relações Exteriores, Cooperação Internacional e Academia de Ciências da Áustria Execução:Universität für Bodenkultur, Áustria e Universidade Federal de Santa Maria. Apoio: Fundação MO´Ã, Emater e Prefeituras Municipais da Quarta Colônia