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sábado, 8 de agosto de 2009

ECOLOGIA SINDICAL

>>>> É massante, mas é a verdade, que os "Chavistas" não se dão conta. O mais lamentável, é que um dos principais "Chavistas" é o nosso presidente<<<< Ecologia sindical Portaria assinada pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, determina que o Ibama submeta agora às centrais sindicais os processos de licença ambiental para aprovação de novos empreendimentos. É isso mesmo! Se os pedidos de licenciamento perdiam-se sobre as mesas e gavetas do Ibama e do Instituto Chico Mendes, agora terão uma nova instância para retardar ainda mais o roteiro da tartaruga. A decisão do ministro bate de frente com as reiteradas declarações do presidente Lula, queixando-se amargamente dos projetos de interesse público e relevância econômico-social que não são implantados por excesso de burocracia dos órgãos ambientais. Quer dizer: ou o presidente teatraliza nos pronunciamentos ou o ministro Carlos Minc é um indisciplinado e pouco se importa com as manifestações presidenciais. A justificativa do ministro é uma piada. Alega necessidade de inserir a saúde do trabalhador como elemento vital para os licenciamentos. Descobriu um novo termo para acolher a reivindicação da Central Única dos Trabalhadores. Chamou a novidade de “ecologia humana”. Como se nas análises feitas pelos órgãos ambientais o parâmetro se limitasse apenas a aspectos ambientais. Aos poucos, o sindicalismo vai avançando seus poderosos tentáculos. Não satisfeito com o protecionismo, o assistencialismo e o peleguismo sindical que o governo Lula vem patrocinando nos últimos anos, com transferência de bilhões de reais do dinheiro público para as centrais sindicais, federações e Ongs, agora a república sindicalista interfere também no setor produtivo. Partidarismo O ministro Carlos Minc revela-se um ator premiado. O que disse, sob aplausos dos cutistas em Congresso Nacional, é um disparate: “Até agora não se pensava na saúde dos trabalhadores e na sua segurança quando das licenças ambientais”. Ele deveria saber que nenhum novo empreendimento é autorizado sem prévia licença dos bombeiros, que avaliam aspectos de segurança do público e dos trabalhadores, além de alvarás da vigilância sanitária, considerando também estes mesmos critérios. A burocracia vai aumentar. A intervenção partidária nos licenciamentos ambientais, também. Além de mais perda de tempo, algumas perguntas ficam sem respostas. Qual a central sindical que vai ser ouvida? Aqui em Santa Catarina há pelo menos cinco em funcionamento. Que especialistas as centrais vão ouvir para emitir pareceres? Quantos meses serão necessários para exame de projetos complexos, já examinados pelos técnicos em questões ambientais? Quem fiscalizará as centrais que, teoricamente, chantagearem os empresários que ficarem dependentes de pareceres para o início dos empreendimentos? Numa situação adversa como esta decorrente da crise financeira mundial, caberia ao governo criar incentivos ao setor produtivo para que promovesse novos investimentos, priorizando aqueles que gerassem mais empregos, portanto, menos automatizados. E o que vem ocorrendo de parte dos governos é o contrário: mais ônus, mais encargos, mais exigências e mais burocracia a fragilizar o setor produtivo. DEPOIMENTO DO PRESIDENTE DA COSTA RICA, QUE MERECE SER LIDO E REFLETIDO "ALGO HICIMOS MAL" Palavras do Presidente Oscar Arias da Costa Rica na Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago, 18 de abril de 2009. "Tenho a impressão de que cada vez que os países caribenhos e latino-americanos se reúnem com o presidente dos Estados Unidos da América, é para pedir-lhe coisas ou para reclamar coisas. Quase sempre, é para culpar os Estados Unidos de nossos males passados, presentes e futuros. Não creio que isso seja de todo justo. Não podemos esquecer que a América Latina teve universidades antes de que os Estados Unidos criassem Harvard e William & Mary, que são as primeiras universidades desse país. Não podemos esquecer que nesse continente, como no mundo inteiro, pelo menos até 1750 todos os americanos eram mais ou menos iguais: todos eram pobres. Ao aparecer a Revolução Industrial na Inglaterra, outros países sobem nesse vagão: Alemanha, França, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e aqui a Revolução Industrial passou pela América Latina como um cometa, e não nos demos conta. Certamente perdemos a oportunidade. Há também uma diferença muito grande. Lendo a história da América Latina, comparada com a história dos Estados Unidos, compreende-se que a América Latina não teve um John Winthrop espanhol, nem português, que viesse com a Bíblia em sua mão disposto a construir uma Cidade sobre uma Colina, uma cidade que brilhasse, como foi a pretensão dos peregrinos que chegaram aos Estados Unidos. Faz 50 anos, o México era mais rico que Portugal. Em 1950, um país como o Brasil tinha uma renda per capita mais elevada que o da Coréia do Sul. Faz 60 anos, Honduras tinha mais riqueza per capita que Cingapura, e hoje Cingapura em questão de 35 a 40 anos é um país com $40.000 de renda anual por habitante. Bem, algo nós fizemos mal, os latino-americanos. Que fizemos errado? Nem posso enumerar todas as coisas que fizemos mal. Para começar, temos uma escolaridade de 7 anos. Essa é a escolaridade média da América Latina e não é o caso da maioria dos países asiáticos. Certamente não é o caso de países como Estados Unidos e Canadá, com a melhor educação do mundo, similar a dos europeus. De cada 10 estudantes que ingressam no nível secundário na América Latina, em alguns países, só um termina esse nível secundário. Há países que têm uma mortalidade infantil de 50 crianças por cada mil, quando a média nos países asiáticos mais avançados é de 8, 9 ou 10. Nós temos países onde a carga tributária é de 12% do produto interno bruto e não é responsabilidade de ninguém, exceto nossa, que não cobremos dinheiro das pessoas mais ricas dos nossos países. Ninguém tem a culpa disso, a não ser nós mesmos. Em 1950, cada cidadão norte-americano era quatro vezes mais rico que um cidadão latino-americano. Hoje em dia, um cidadão norte-americano é 10, 15 ou 20 vezes mais rico que um latino americano. Isso não é culpa dos Estados Unidos, é culpa nossa. No meu pronunciamento desta manhã, me referi a um fato que para mim é grotesco e que somente demonstra que o sistema de valores do século XX, que parece ser o que estamos pondo em prática também no século XXI, é um sistema de valores equivocado. Porque não pode ser que o mundo rico dedique 100.000 milhões de dólares para aliviar a pobreza dos 80% da população do mundo "num planeta que tem 2.500 milhões de seres humanos com uma renda de $2 por dia" e que gaste 13 vezes mais ($1.300.000.000.000) em armas soldados. *Como disse esta manhã, não pode ser que a América Latina gaste $50.000* milhões em armas e soldados. Eu me pergunto: quem é o nosso inimigo? Nosso inimigo, presidente Correa, desta desigualdade que o Sr. aponta com muita razão, é a falta de educação; é o analfabetismo; é que não gastamos na saúde de nosso povo; que não criamos a infra-estruturam necessária, os caminhos, as estradas, os portos, os aeroportos; que não estamos dedicando os recursos necessários para deter a degradação do meio ambiente; é a desigualdade que temos que nos envergonhar realmente; é produto, entre muitas outras coisas, certamente, de que não estamos educando nossos filhos e nossas filhas. Vá alguém a uma universidade latino-americana e parece no entanto que estamos nos sessenta, setenta ou oitenta. Parece que nos esquecemos de que em 9 de novembro de 1989 aconteceu algo de muito importante, ao cair o Muro de Berlim, e que o mundo mudou. Temos que aceitar que este é um mundo diferente, e nisso francamente penso que os acadêmicos, que toda gente pensante, que todos os economistas, que todos os historiadores, quase concordam que o século XXI é um século dos asiáticos não dos latino-americanos. E eu, lamentavelmente, concordo com eles. Porque enquanto nós continuamos discutindo sobre ideologias, continuamos discutindo sobre todos os "ismos" (qual é o melhor? capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, neoliberalismo, social cristianismo...) os asiáticos encontraram um "ismo" muito realista para o século XXI e o final do século XX, que é o *pragmatismo*. Para só citar um exemplo, recordemos que quando Deng Xiaoping visitou Cingapura e a Coréia do Sul, depois de ter-se dado conta de que seus próprios vizinhos estavam enriquecendo de uma maneira muito acelerada, regressou a Pequim e disse aos velhos camaradas maoístas que o haviam acompanhado na Grande Marcha: "Bem, a verdade, queridos camaradas, é que a mim não importa se o gato é branco ou negro, só o que me interessa é que cace ratos". E se Mao estivesse vivo, teria morrido de novo quando disse que "a verdade é que enriquecer é glorioso". E enquanto os chineses fazem isso, e desde 1979 até hoje crescem a 11%, 12% ou 13%, e tiraram 300 milhões de habitantes da pobreza, nós continuamos discutindo sobre ideologias que devíamos ter enterrado há muito tempo atrás. A boa notícia é que isto Deng Xiaoping o conseguiu quando tinha 74 anos. Olhando em volta, queridos presidentes, não vejo ninguém que esteja perto dos 74 anos. Por isso só lhes peço que não esperemos completá-los para fazer as mudanças que temos que fazer. Muchas gracias."

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