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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

SOMENTE PARA OS BRANCOS ...

SOMENTE PARA OS BRANCOS AS DEMAIS RAÇAS JÁ ESTÃO MAIS QUE BENEFICIADAS. Leitura obrigatória e boa mesmo. É uma pena o brasileiro se acomodar e não ter interesse em ler. Branco, honesto, contribuinte, eleitor, hetero... Branco, honesto, contribuinte, eleitor, hetero... Pra quê? Ives Gandra da Silva Martins* Hoje, tenho eu a impressão de que o "cidadão comum e branco" é agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que sejam índios, afrodescendentes, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos. Assim é que, se um branco, um índio e um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles! Em igualdade de condições, o branco é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior. Os índios, que, pela Constituição (art. 231), só deveriam ter direito às terras que ocupassem em 5 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado. Menos de meio milhão de índios brasileiros - não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também - passaram a ser donos de 15% do território nacional, enquanto os outros 185 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% dele.. Nessa exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não-índios foram discriminados. Aos 'quilombolas', que deveriam ser apenas os descendentes dos participantes de quilombos, e não os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito. Os homossexuais obtiveram do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussefo direito de ter um congresso financiado por dinheiro público, para realçar as suas tendências -algo que um cidadão comum jamais conseguiria! Os invasores de terras, que violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que o governo considera, mais que legítima, meritória a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem esse 'privilégio', porque cumpre a lei. Desertores, assaltantes de bancos e assassinos, que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros.Está, hoje, em torno de 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para 'ressarcir' aqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos. E são tantas as discriminações, que é de perguntar: de que vale o inciso IV do art. 3º da Lei Suprema? Como modesto advogado, cidadão comum e branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço, nesta terra de castas e privilégios. (*Ives Gandra da Silva Martins é renomado professor emérito das universidades Mackenzie e UNIFMU e da Escola de Comando e Estado do Exército e presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo). Para os que desconhecem este é o : Inciso IV do art. 3° da CF a que se refere o Dr. Ives Granda, em sua íntegra: "promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação." Assim, volta a ser atual, ou melhor nunca deixou de ser atual, a constatação do grande Rui Barbosa: "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". (Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86) ______________________________________ ***

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

DESABAFO Na fila do supermercado, o caixa diz uma senhora idosa: - A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis ao meio ambiente. A senhora pediu desculpas e disse: - Não havia essa onda verde no meu tempo. O empregado respondeu: - Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente. - Você está certo - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes. Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões. Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas. Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como? Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade. Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte. Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima. Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

E A VELHA E SÁBIA DAMA DE FERRO TINHA RAZÃO... Margaret Thatcher não estava errada! Sabe quantos países com governo socialista restam agora em toda a União Européia? Apenas 3: 1.Grécia, 2.Portugal, 3.Espanha. Os 3 estão endividados até o pescoço, quase arrastando todo o bloco de países para a crise. Por que será? A esquerda não diz que o socialismo é a solução p/ o mundo? Como bem disse Margaret Thatcher quando 1ª Ministra da Grã-Bretanha: "o socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros" A frase abaixo foi dita no ano de 1931, por Adrian Rogers; "É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Para cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que tira de outro alguém. Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a.” Adrian Rogers, 1931

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

esse Mario Quintana sabia das coisas !!!!

esse Mario Quintana sabia das coisas !!!!





DEFICIÊNCIAS - Mario Quintana (escritor gaúcho 30/07/1906 -05/05/1994).
"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus. "A amizade é um amor que nunca morre..."

sexta-feira, 29 de julho de 2011

45 lições que a vida ensinou Regina Brett

7%
Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade, assina uma coluna no The Plain Dealer, Cleveland, Ohio.
"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou.
É a coluna mais solicitada que eu já escrevi."

Meu hodômetro passou dos 90 em agosto, portanto aqui vai a coluna mais uma vez:

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.

2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno .

3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.

4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.

5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.

6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.

7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.

8. É bom ficar bravo com Deus Ele pode suportar isso.

9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.

10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.

11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.

12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.

13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.

14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.

15. Tudo pode mudar num piscar de olhos Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.

16. Respire fundo. Isso acalma a mente.

17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.

18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.

19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.

20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.

21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.

22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.

23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.

24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.

25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..

26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'

27. Sempre escolha a vida.

28. Perdoe tudo de todo mundo.

29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.

30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..

31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.

32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.

33. Acredite em milagres.

34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.

35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.

36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem.

37. Suas crianças têm apenas uma infância.

38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.

39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.

40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.

41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.

42. O melhor ainda está por vir.

43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.

44. Produza!

45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

CARTA DE ABRAHAN LINCOLN AO PROFESSOR DO SEU FILHO

CARTA DE ABRAHAN LINCOLN AO PROFESSOR DO SEU FILHO:
"Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, para cada vilão há um herói, que para cada egoísta, há também um líder dedicado, ensine-lhe por favor que para cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder, mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros no céu, as flores no campo, os montes e os vales.
Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.
Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.
Ensine-o a ouvir todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram.
Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.
Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.
Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.
Eu sei que estou pedindo muito, mas veja o que pode fazer, caro professor."
Abraham Lincoln, 1830

sexta-feira, 8 de julho de 2011

CREA-DF comemora Dia do Engenheiro Florestal

É com imenso prazer que os convido à participar do evento abaixo descrito.

O evento é aberto e todos podem participar.


Evento no CREA-DF comemora Dia do Engenheiro Florestal

A importância do engenheiro florestal no desenvolvimento sustentável do País será o tema de debate para comemorar o dia desses profissionais. O evento acontece no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do DF, no dia 11 de julho, aniversário da Sociedade Brasileira dos Engenheiros Florestais.

Participam do debate o senador Jorge Viana, ele próprio engenheiro florestal, o Presidente da Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais (SBEF), Glauber Pinheiro, o Presidente do CREA-DF, Francisco Machado, o Presidente da Associação de Engenheiros Florestais do DF, Narciso Carvalho, o Chefe do Depto. de Eng. Florestal da UnB, Mauro Nappo, e o Diretor da Flora Tecnologia, Luciano Alencar.

O Engenheiro Florestal é o profissional apto a avaliar o potencial biológico dos ecossistemas florestais, e assim, planejar e organizar o seu aproveitamento racional de forma sustentável, garantindo sua perpetuação e a manutenção das formas de vida animal e vegetal.

Esta aptidão se deve a uma formação coerente com uma seqüência de disciplinas teóricas, práticas, de campo e laboratórios, que possibilitam uma profissionalização nas áreas de manejo florestal, ecologia aplicada e tecnologia de produtos florestais, propiciando uma formação que abrange os aspectos ambientais, sociais e econômicos da atividade florestal.

Assim, numa economia com demandas crescentes de produtos de origem florestal, o papel do Engenheiro Florestal é de crescente importância técnica e valorização profissional, considerando que o Brasil possui cerca de 30% das florestas tropicais do mundo e plantações florestais de altíssima produtividade.

Em suma é o profissional necessário para o bom andamento das atividades de Manejo Florestal, Ecologia Aplicada e Tecnologia de Produtos Florestais entre outras.
Comemoração do Dia do Engenheiro Florestal

terça-feira, 7 de junho de 2011

Cogumelo luminoso entre as dez mais

http://revistapesquisa.fapesp.br/index.php?art=71551&bd=2&pg=1&lg=
Cogumelo luminoso entre as dez mais
Ranking internacional destaca espécie brasileira em lista de descobertas marcantes

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Desabafo de empresário

É lamentavel , mas infelizmente é verdade...

São Leopoldo tem um dos menores índices de analfabetismo e de mendicância do país, talvez por causa de homens como este!

...Vejam todo o desabafo no link http://www.portal100fronteiras.com.br/noticias.php?id=10330


Eu sou mesmo teimoso!...

Não tem jeito..

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Carta do "Zé agricultor" para Luís da cidade

A carta a seguir - tão somente adaptada por Barbasa Melo - foi escrita por Luciano Pizzatto que é engenheiro florestal, especialista em direito sócio ambiental e empresário, diretor de Parque Nacionais e Reservas do IBDF-IBAMA 88-89, detentor do primeiro Prêmio Nacional de Ecologia.




Carta do "Zé agricultor" para Luís da cidade



Prezado Luís, quanto tempo!!!

Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o transporte escolar do Sítio sempre atrasava, lembra né? O Zé do sapato sujo! Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais de meia légua para pegar o caminhão, por isso o sapato sujava.


Se não lembrou ainda eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo... hehehe, era eu. Quando eu descia do caminhão de volta pra casa, já era onze e meia da noite, e com a caminhada até em casa, quando eu ia dormi já era mais de meia-noite. De madrugada o pai precisava de ajuda pra tirar leite das vacas. Por isso eu vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra, né Luis?


Pois é... Estou pensando em mudar para viver aí na cidade que nem vocês. Não que seja ruim o Sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos aí da cidade. To vendo todo mundo falar que nós da agricultura familiar estamos destruindo o meio-ambiente.


Veja só. O Sítio de pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes por dentro, uma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança.


Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha, mas um homem do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou deve ser verdade, né Luis?


Pra ajudar com as vacas de leite (o pai se foi, né!.) contratei Juca, filho de um vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo direitinho como o contador mandou. Ele morava aqui com nós num quarto dos fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas aqui, do Sindicato e da Delegacia do Trabalho, elas falaram que se o Juca fosse tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que não podia trabalhar nem sábado nem domingo, mas as vacas daqui não sabem os dias da semana e aí não param de fazer leite. Ô Luís, me fala, os bichos aí da cidade sabem se guiar pelo calendário?


Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca, e disseram que o beliche tava 2 cm menor do que devia. Nossa! Eu não sei como encumpridar uma cama, só comprando outra, né Luís? O candeeiro, eles disseram que não podia acender no quarto, que tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa
no quarto do Juca.




Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do salário dele. Bom Luís, tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa, desempregado, mas muito bem protegido pelos Sindicatos, pelo fiscais e pelas leis. Mas eu acho que não deu muito certo. Semana passada me disseram que ele foi preso na cidade porque botou um chocolate no bolso (de tanta fome que tava), no supermercado. Levaram ele pra delegacia, bateram nele e não apareceu nem sindicato, nem fiscal, nem lei do trabalho para acudi-lo.


Depois que o Juca saiu eu e Marina (lembra dela, né? casei!) tiramos o leite às 5 e meia, ai eu levo o leite de carroça até a beira da estrada onde o carro da cooperativa pega todo dia, isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou aos porcos, ou melhor, eu dava, hoje eu jogo fora.


Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros. Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de digestor. Achei que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns trinta dia pra fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu tive que vender os porcos, as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com as vacas, cê não imagina Luís o que é a vida aqui depois que o pai morreu. O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não ai mandar me prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pro orfanato da cidade. Ô Luis, aí na cidade quando vocês sujam o rio também pagam multa grande né?


Agora pela água do meu poço eu até posso pagar, mas tô preocupado com a água do rio. Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido, com mata ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar, nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios aí da cidade. A pocilga já acabou, as vacas não podem chegar perto. Só que alguma coisa tá errada, quando vou na capital nem vejo mata ciliar, nem rio limpo. Só vejo água fedida e lixo boiando pra todo lado.


Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né Luis? Quem será? Aqui no mato agora quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore então, Nossa Senhora!!!. Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava morrendo, então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa.


Fui antes no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no IBAMA da capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vim fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar. Passaram-se 8 meses e ninguém apareceu
pra fazer o tal laudo, aí eu vi que o pau ia cair em cima
da casa e derrubei. Pronto!!!
No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma
intimação do Promotor porque virei criminoso
reincidente. Primeiro foi os porcos, e agora foi o pau.
Acho que desta vez vou ficar preso.
Tô preocupado Luís, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por hectare e por dia. Calculei que se eu for multado eu perco o sítio numa semana. Então é melhor vender, e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia. Vou para a cidade, ai tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é pra todos.



Eu vou morar ai com vocês, Luís. Mais fique tranqüilo, vou usar o dinheiro da venda do sítio primeiro pra comprar essa tal de geladeira. Aqui no Sítio eu tenho que pegar tudo na roça. Primeiro a gente planta, cultiva, limpa e só depois colhe pra levar pra casa. Ai é bom que vocês é só abrir a geladeira que tem tudo. Nem dá trabalho, nem planta, nem cuida de galinha, nem porco, nem vaca é só abri a geladeira que a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisá de nós, os criminosos aqui da roça. (tem até restaurante comunitário e ônibus de graça para ir até ele, quando fica velho)


Até mais Luis!!!


Ah, desculpe Luís, não pude mandar a carta com papel reciclado pois não existe por aqui, mas me aguarde até eu vender o sítio.



(Todos os fatos e situações de multas e exigências são baseados em dados verdadeiros. A sátira não visa atenuar responsabilidades, mas alertar o quanto o tratamento ambiental é desigual e discricionário entre o meio rural e o meio urbano.)

Divulguem!!!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

vida sustentável

Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável:

“Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos.... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?”

terça-feira, 17 de maio de 2011

projeto de silvicultura sustentável no Norte e Noroeste fluminense

Rio de Janeiro quer usar área de 1,5 milhão de hectares para projetos florestais
A meta do plano é implantar um projeto de silvicultura sustentável no Norte e Noroeste fluminense
segunda, 16 de maio de 2011

http://www.painelflorestal.com.br/noticias/florestas-plantadas/11553/rio-de-janeiro-quer-usar-area-de-1-5-milhao-de-hectares-para-projetos-florestais

domingo, 15 de maio de 2011

Reportagem na TV Bandeirantes revelou que foram funcionários do IBAMA, os verdadeiros heróis do povo brasileiro, que tiveram a coragem de denunciar ao TCU o esquema vergonhoso de esquentar mogno ilegal.

Reportagem na TV Bandeirantes revelou que foram funcionários do IBAMA, os verdadeiros heróis do povo brasileiro, que tiveram a coragem de denunciar ao TCU o esquema vergonhoso de esquentar mogno ilegal.

Enquanto a ong FASE (ligada o marido de MARINA SILVA) levou a bolada de R$ 3,5 milhões (exportando o mogno que valia quase R$ 8 milhões) a fiscalização do IBAMA, que apreendeu o mogno ilegal, não tinha dinheiro nem para combustível e ticket alimentação para os fiscais cumprirem a missão de salvar o patrimônio natural que pertece a todos os brasileiros.

Jornal da Band 13/05/2011
Sexta-feira, 13 de maio de 2011 - 19h34
Câmara apura denúncia de Aldo Rebelo contra marido de Marina Silva


Vídeo da matéria disponível no link
http://www.band.com.br/jornaldaband/conteudo.asp?ID=100000431467

A denúncia do deputado Aldo Rebelo contra o marido da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva será investigada pela Câmara dos Deputados. Fábio Vaz de Lima é suspeito de participar de um esquema para esquentar madeira retirada ilegalmente da Amazônia.

A oposição quer explicações de Lima, e pretende chama-lo à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para saber se houve ingerência dele em um negócio de quase R$ 8 milhões. O caso começou em 2003, quando o Ibama apreendeu um lote de seis mil toras de mognos, avaliadas em R$ 7,9 milhões.

O material foi repassado à ONG (Organização Não Governamental) Fase, parceira de outra entidade, Grupo de Trabalho Amazônico, a qual o marido de Marina teria sido ligado.

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MATÉRIAS NA IMPRENSA SOBRE O ASSUNTO

Ong FASE ganhou R$ 3,5 MILHOES contratou madeireira para exportar mogno



JORNAL NACIONAL, 12/05/2011 – Cobertura da votação do novo Código Florestal
Sobre o bate boca na Câmara, na madrugada do dia 12/05/2011, durante a votação das alterações do Código Florestal, quando houve acusações contra o marido de Marina Silva, Fábio Vaz de Lima, de fraudes no IBAMA, a imprensa diz que estão relacionadas às noticias divulgadas ano passado, 2010 (veja abaixo a matéria do G1). Provavelmente deve ser esta publicada na ISTO É Dinheiro.



No entanto, tem a matéria de 2005, onde revela que a apreensão de 6 mil toras de mogno (avaliada em R$ 7,9 milhões) foi doada ilegalmente (parecer do TCU) para a ONG FASE, da qual Fabio Vaz de Lima tem estreita relação, diz a matéria. A ONG Fase contratou uma madeireira que fez a exportação do mogno que ganhou de presente.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Setor florestal quer ampliar negócios na construção civil

09/05/2011
SETOR FLORESTAL: Setor florestal quer ampliar negócios na construção civil
O crescimento da indústria da construção civil no País representa, ao mesmo tempo, um desafio e uma oportunidade para as empresas de base florestal, especialmente o segmento de madeira tratada - que fornece material para estrutura de edificações, ferrovias e eletrificação.

A transformação desse cenário em novos negócios, no entanto, depende de uma mobilização do setor florestal para divulgar para consumidores, agentes financiadores de imóveis e escolas de engenharia e a arquitetura as vantagens do uso da madeira tratada na construção.

A iniciativa foi defendida pelo diretor-secretário da Associação Brasileira de Preservadores de Madeira (ABPM), Humberto Tufolo Netto, que apresentou a palestra Benefícios da Madeira Tratada na Construção Civil no 1º Seminário Técnico Sul Brasileiro de Madeireiras, Marcenarias e Produtos de Madeira, encerrado na manhã de sexta-feira (06), na ExpoGramado, em Gramado (RS). O encontro integra a programação técnica da 3ª Feira da Floresta, que também se encerra nesta sexta-feira.

Tufolo revelou que apenas 14% dos 1,2 milhão de metros cúbicos de madeira tratada produzidos anualmente no Brasil são destinados para construção. Na Europa, 44% do total processado pelo setor é aplicado em edificações. "Há um potencial para multiplicar a produção em dez vezes no Brasil", afirmou o especialista.

Para que isso ocorra, o diretor da ABPM reiterou que é preciso disseminar informações sobre as vantagens ambientais do uso da madeira, que permite a estocagem de carbono presente na atmosfera e reduz o uso de materiais de origem não-renovável como cimento e ferro.

Além disso, é preciso conscientizar engenheiros civis, arquitetos e o setor de crédito imobiliário sobre a durabilidade das estruturas de madeira, assegurada pelo correto uso das tecnologias de tratamento contra umidade, fungos e cupins.

A qualidade da madeira para edificações e móveis também foi tema de palestra ministrada no Seminário por Jonas Vargas, engenheiro florestal da Flosul Madeiras, e Pedro Henrique Cademartori, supervisor de qualidade de Flosul Madeiras. Eles abordaram o papel do treinamento de mão de obra no aprimoramento da madeira cortada no campo e processada na indústria. "Operadores qualificados aumentam o rendimento da indústria em até 10%", disse Cademartori.

O Seminário foi concluído com o painel Design, sua importância frente às Demandas do Mercado – Cases de Sucesso em Design e Produtos, em que o professor de design da Feevale, Igor Casenote, detalhou o potencial oferecido pelas ferramentas de design à indústria. De acordo com o professor, há vantagens tanto no desenho de móveis mais atraentes para os consumidores, quanto na formatação de processos produtivos com reduzido impacto social e ambiental.
Fonte: Assessoria de Imprensa

quinta-feira, 28 de abril de 2011

"QUINTO DOS INFERNOS"

SAIBA A RAZÃO.





O "QUINTO DOS INFERNOS":



Durante o século 18, o Brasil Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal. Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso país e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "O Quinto".



Esse imposto recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro.

O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que, quando se referiam a ele, diziam... "O Quinto dos Infernos". E isso virou sinônimo de tudo que é ruim.



A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos atrasados" de uma única vez, no episódio conhecido como "Derrama". Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.



De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário IBPT, a carga tributária brasileira deverá chegar ao final deste ano de 2010 a 38% ou praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção.



Ou seja, a carga tributária que nos aflige é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que significa que pagamos hoje literalmente "dois quintos dos infernos" de impostos...



Para quê? Para sustentar a corrupção? Os mensaleiros? O Senado com sua legião de "diretores"? A festa das passagens? O bacanal (literalmente) com o dinheiro público? As comissões e jetons? A farra familiar nos 3 poderes (executivo/legislativo e judiciário)?.



Nosso dinheiro é confiscado no dobro do valor do "quinto dos infernos" para sustentar essa corja, que nos custa (já feitas as atualizações) o dobro do que custava toda a Corte Portuguesa.



E pensar que Tiradentes foi enforcado porque se insurgiu contra a metade dos impostos que pagamos atualmente! (E vem de novo a CPMF !!!!)

E VIVA O LULA E SEU PARTIDÃO!!!!!!!!!!!!!!!

Não deixem de repassar...

sábado, 2 de abril de 2011

De frequentador da zona a crítico dos juros altos, José Alencar está a caminho da canonização

De frequentador da zona a crítico dos juros altos, José Alencar está a caminho da canonização



Texto de Ucho Haddad



No Brasil, a exemplo do que ocorre em boa parte do planeta, exigir coerência no mundo político é a mais hercúlea das tarefas. Quiçá não seja uma empreitada completamente impossível. Quando um político passa para o outro lado da vida, se é que isso de fato existe, suas mazelas chegam à sepultura muito antes do cadáver. O mau vira bom, o desonesto vira honesto, o implacável vira um coitado. Sem querer duvidar da sua honestidade, esse cenário já recobre a morte de José Alencar Gomes da Silva, vice-presidente da República nos dois mandatos de Lula da Silva (2003-2010), que morreu em São Paulo após mais de uma década de luta contra um câncer abdominal.



Tão logo subiu a rampa do Palácio do Planalto pela primeira vez, José Alencar não demorou a tecer suas críticas contra as altas taxas de juros. Mal sabia Alencar que os banqueiros derramaram verdadeiras fortunas na campanha de Lula e ao incauto povo brasileiro cabia pagar a conta. Como cabe até hoje. E o esperneio discursivo do empresário José Alencar pouco adiantou. Fosse um homem coerente, Alencar teria alcançado o boné e renunciado. Só não o fez por conta de interesses maiores.



Ano e meio depois de tomar posse ao lado de Lula, o simpático José Alencar adotou obsequioso silêncio diante do escândalo que ficou nacionalmente conhecido como “Mensalão do PT”, esquema criminoso de cooptação de parlamentares que trocaram a consciência por um punhado de dinheiro imundo. É verdade que todos são inocentes até prova em contrário, mas no PT de outrora rezava a regra de que para condenar alguém bastavam apenas evidências. A profecia é de autoria de José Dirceu de Oliveira e Silva, o Pedro Caroço, figura com a qual José Alencar conviveu sem qualquer reserva.



O agora santificado José Alencar apostou nas palavras do companheiro Lula, que certa vez disse com todas as letras que a China é uma economia de mercado. Certo de que o parceiro palaciano sabia das coisas, Alencar deflagrou um processo para abrir uma unidade de seu conglomerado têxtil no país da lendária muralha. Mesmo com o Brasil sofrendo há anos a concorrência desleal dos fabricantes chineses de tecidos e afins, Alencar exigiu que o projeto fosse cumprido à risca. E o mercado brasileiro de tecidos, que deveria ser defendido pelas autoridades verde-louras e também pelo então vice-presidente, foi mandado às favas inclusive por José Alencar.



Por ocasião da CPI dos Correios, que acabou investigando a fonte de financiamento do Mensalão petista, o nome da Coteminas veio à baila, pois a empresa de José Alencar recebeu em uma de suas contas bancárias um depósito de R$ 1 milhão feito pelo PT. Alencar, que logo tratou de isentar de qualquer culpa o seu conglomerado empresarial, alegou que as explicações deveriam ser cobradas do próprio PT. A operação, segundo José Alencar, decorreu do fornecimento de 2,75 milhões de camisetas aos candidatos petistas nas eleições municipais de 2004. O então presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, informou a José Alencar, horas depois da eclosão do escândalo, que o repasse à Coteminas não foi contabilizado pelo partido. A dívida, de R$ 12 milhões, correspondia à época a 50 carretas abarrotadas de camisetas. Para contemplar as necessidades de Lula e Alencar, o caso foi devidamente abafado.



Guindado ao Ministério da Defesa por decisão de Lula, o empresário José Alencar viu a sua Coteminas vender cada vez mais uniformes para o Exército brasileiro. Coincidência? Talvez, mas na política essa palavra não existe no dicionário.



Em 2006, ao aceitar o convite para novamente fazer dupla com Lula da Silva, José Alencar acabou por endossar o “Mensalão” e outros tantos escândalos de corrupção patrocinados pelo Partido dos Trabalhadores e por muitos palacianos. Na ocasião eclodiu o escândalo do Dossiê Cuiabá, conjunto de documentos apócrifos para prejudicar os então candidatos tucanos Geraldo Alckmin e José Serra. Mais uma vez, diante de um novo escárnio com a digital da esquerda brasileira, Alencar preferiu submergir.



No quase infindável imbróglio da Varig, coube a José Alencar aproximar o empresário Constantino Oliveira, o nada diplomático Nenê, do presidente Lula, que implorou para que o dono da Gol comprasse a outrora mais importante companhia de aviação do País. Muito estranhamente, Nenê Constantino, tão mineiro quanto José Alencar, atendeu aos apelos de Lula e arrematou a Varig por US$ 300 milhões, uma empresa que estava resumida à própria marca. Até hoje ninguém conseguiu entender a transação que nem mesmo o mais incauto investidor seria capaz de apostar suas economias, mas o universo do poder tem essas situações inexplicáveis.



Em agosto de 2010, ao ser entrevistado pelo apresentador Jô Soares, o nada elegante José Alencar aceitou falar sobre o processo de investigação de paternidade que lhe movia Rosemary de Morais, sua suposta filha, e a recusa em se submeter a um teste de DNA. Ao apresentador global o agora bonzinho José Alencar repetiu o que disse à Justiça. Que a mãe de sua suposta filha era prostituta e que ele [José Alencar] foi um frequentador contumaz das zonas de meretrício das cidades onde morou desde jovem. Ao expor a mãe da sua suposta filha de forma tão covarde e aviltante, José Alencar não apenas escancarou o seu caráter, mas mostrou ao mundo ser ele alguém bem diferente daquele que hoje, após a morte, a consternada população brasileira tenta canonizar.



Ter pena de José Alencar por conta da sua luta contra o câncer não causa espanto. Mas há milhares de brasileiros na mesma situação de Alencar e que lamentavelmente dependem do sistema público da saúde para lutar contra a morte. Esses sim são bravos lutadores, dignos de pena e do respeito incondicional de todos.



Em momento algum quero festejar a morte de alguém, até porque esse é o tipo de atitude que não se toma nem mesmo com os mais figadais inimigos, mas não se pode alçar aos céus com tanta rapidez quem ainda tem contas a acertar com o Criador.



De igual maneira, a minha manifestação não se trata de moralismo oportunista, mas serve como apelo aos brasileiros para que releiam a recente história política nacional e que mantenham a coerência no momento em que mais um político se despede da vida terrena.



Errar é humano, é verdade, mas o erro pontual pode ser transformado em plataforma de acertos futuros se o errante tiver um mínimo de massa cinzenta. Como sempre escrevo, digo e não canso de repetir, sou o melhor produto dos meus próprios erros. Ainda bem! E é por isso que espero que no momento da minha morte os meus inimigos preservem a coerência e mantenham as críticas que me fizeram ao longo da vida. Só assim descansarem em paz, ciente de que mesmo longe dessa barafunda continuarei coerente e incomodando.



O meu finado pai, que tantos bons exemplos me deixou, por certo não encontrou minha mãe na zona mais próxima, mas os que me odeiam podem continuar me chamando de filho da puta – o genial Jânio Quadros dizia que o melhor é se referir ao desafeto como “filho de puta” – com a anuência da minha respeitadíssima genitora. Fora isso, é preciso considerar que, assim como acontece com os árbitros de futebol, jornalistas políticos polêmicos sempre têm uma mãe sobressalente para os costumeiros e inevitáveis xingamentos.

E que o Criador escute as minhas preces e dispense ao ser humano José Alencar o tratamento devido, pois a sua luta pela vida foi inglória. Amém!



Fonte:

http://ucho.info/de-frequentador-da-zona-a-critico-dos-juros-altos-jose-alencar-esta-a-caminho-da-canonizacao

quinta-feira, 17 de março de 2011

Pitágoras, o Teorema e a Inveja

Pitágoras, o Teorema e a Inveja
Imagem: ReproduçãoPitágoras
Pitágoras talvez seja um dos maiores nomes da Antiguidade. Além de filósofo, era músico, cientista e astrônomo, porém seus feitos mais conhecidos estão no campo da matemática, em especial o famoso teorema que leva o seu nome (a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa).

Conta a lenda que Pitágoras foi o primeiro a idealizar a palavra matemática, concebida como um sistema de pensamento fulcrado em provas dedutivas. O mesmo teria acontecido com a palavra filósofo, posto que até então os pensadores eram conhecidos como sábios. Pitágoras não teria querido para si a alcunha de sábio, preferindo mais ser conhecido como aquele que procura (filósofo).

Pitágoras teria percorrido por 30 anos o Egito, a Babilônia, a Síria e a Fenícia e possivelmente a Índia e a Pérsia, adquirindo conhecimentos sobre astronomia, matemática, ciências, misticismo e religião. Ao retornar à sua cidade natal (Samos), indispôs-se com o tirano local e emigrou para a ilha de Crotona, no sul da Itália, fundando a Escola Pitagórica, que pode ser considerada a primeira universidade da história da humanidade.

A sua escola era um misto de irmandade religiosa e intelectual, abordando temas ecléticos que variavam da matemática ao misticismo, da música à lealdade comunitária, do ensino da metempsicose à proibição de beber vinho e comer carne. Os alunos eram submetidos a testes de iniciação e poucos eram admitidos. Pois bem, um dos não admitidos dedicou-se a realizar propaganda com o escopo de destruir tanto Pitágoras como a sua escola. Algum tempo depois, a escola pitagórica foi destruída por uma turba ensandecida e o seu mestre assassinado.

Talvez um dos principais méritos de Pitágoras foi sistematizar um código de conduta moral e ensiná-lo com o fito da elevação espiritual do ser humano, dentre os seus pensamentos destaco:
_ Educai as crianças e não será preciso punir os homens;
_ Não é livre quem não obteve domínio sobre si;
_ Pensem o que quiserem de ti; faz aquilo que te parece justo;
_ O que fala, semeia; o que escuta, recolhe;
_ Ajuda teus semelhantes a levantar a carga, mas não a carregues;
_ Com ordem e com tempo encontra-se o segredo de fazer tudo e tudo fazer bem;
_ Todas as coisas são números;
_ A melhor maneira que o homem dispõe para se aperfeiçoar, é aproximar-se de Deus;
_ A Evolução é a Lei da Vida, o Número é a Lei do Universo, a Unidade é a Lei de Deus;
_ A vida é como uma sala de espetáculos: entra-se, vê-se e sai-se;
_ A sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas os homens podem desejá-la ou amá-la tornando-se filósofos.

Por fim, como uma mensagem ao seu assassino, asseverava: “Anima-te por teres de suportar as injustiças; a verdadeira desgraça consiste em cometê-las”.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

O SUS Britânico - o vídeo é imperdível! - BOM

https://mail.google.com/mail/?ui=2&ik=188a1ec859&view=att&th=12e6424bd3e05cad&attid=0.1&disp=attd&realattid=c0b0a4073671b75_0.1&zw

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

http://www.clubemilitar.com.br/rev/435/8.pdf

Entrevista
Denis Lerrer Rosenfield
A Revista do Clube Militar entrevista, neste número, o Professor Denis Lerrer Rosenfield.
Nosso entrevistado tem sido um ardoroso defensor das liberdades democráticas, com destaque para o direito de
propriedade. Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Denis Rosenfield é também escritor e jornalista.
Clube Militar – Professor, temos
acompanhado sua luta em defesa do
direito de propriedade e contra os desmandos
praticados pelo MST. Temos
inclusive, com muito orgulho para nós,
publicado alguns de seus artigos. Como
o Sr. vê a evolução atual desse movimento
de “foras da lei”?
Denis Rosenfield – As sociedades
baseadas no respeito ao direito de
propriedade são as sociedades economicamente
desenvolvidas, socialmente
justas e com a consolidação das liberdades:
liberdade econômica, liberdade
de pensamento e expressão, liberdade
de imprensa, liberdade religiosa, liberdade
sindical, liberdade de ir e vir e
liberdade política. São sociedades que
repousam sobre os direitos individuais
e a liberdade de escolha. Exemplos não
faltam: países nórdicos, Inglaterra, Alemanha,
França, EUA, Itália.
Os Estados que desrespeitaram o
direito de propriedade, a economia de
mercado e o Estado de direito são os que
desembocaram na democracia totalitária,
na tirania dita exercida em nome do
povo, na supressão das liberdades e no
menosprezo da lei. As liberdades foram
abolidas. Exemplos não faltam: a ex-
União Soviética, Camboja, Albânia, a
China antes de reconhecer o direito de
propriedade, Cuba. Agora, os bolivarianos
estão seguindo na mesma direção: a
Venezuela de Chávez, a Bolívia de Evo
Morales, o Equador de Rafael Corrêa e
a Nicarágua de Daniel Ortega.
O MST se insere precisamente
nessa segunda opção. Aparentemente,
ele diz lutar pela reforma agrária, na
verdade, luta por instaurar no Brasil a
democracia totalitária, o socialismo.
O fato de desrespeitar sistematicamente
o direito de propriedade, o Estado
de direito e a Democracia representativa
são manifestações dessa sua
opção ideológico-política.
Clube Militar – Tomamos conhecimento
que, no Rio Grande do Sul, o
Governo do Estado tomou algumas iniciativas
no sentido de limitar a ação ilegal
do MST, como o cadastramento de
invasores. Essas medidas tiveram prosseguimento?
Surtiram algum efeito?
Denis Rosenfield – Sem dúvida.
Um dos grandes méritos da Governadora
Yeda Crusius foi ter feito respeitar a lei.
Neste sentido, pode-se dizer que ela é um
exemplo. As decisões judiciais de reintegração
de posse são imediatamente cumpridas,
sem nenhuma tergiversação. Os
invasores são identificados como manda
a lei. Não podemos esquecer que a lei
determina que os invasores sejam cadastrados
e retirados da lista dos beneficiários
da distribuição de terras. Assim diz a
lei! Infelizmente, ela está sendo descumprida
em nosso País, com a conivência e
a leniência do Governo Federal.
Os efeitos, no Rio Grande do Sul,
são claros. O MST passou a atuar na
defensiva, a opinião pública se coloca
progressivamente contra os seus desmandos,
o Ministério Público Estadual
tem-se posicionado pelo Estado de direito,
exibindo, inclusive, o caráter socialista
autoritário desse dito movimento
social, que atua como uma verdadeira
organização leninista. Essa organização
é uma verdadeira ameaça à Democracia.
Só não vê quem não quer!
Clube Militar – O Sr. tem se preocupado,
também, com abusos cometidos
a pretexto de proteção a quilombolas.
O que o Sr pode dizer sobre a
evolução do problema?
Denis Rosenfield – A Constituição,
aliás, não fala de quilombolas,
mas de quilombos. Ou seja, quilombos
são povoados distantes dos centros urbanos,
constituídos por escravos fugitivos,
sobretudo negros, porém esses
núcleos contiveram também índios,
pardos e, mesmo, brancos pobres.
Quando da promulgação da Constituição
de 1988, calculava-se, no máximo,
em torno de 100 quilombos.
"Quilombolas" veio a significar
qualquer afrodescendente, por mera
medida autoclassificatória. A arbitrariedade
é total. Basta um grupo de
pessoas se dizer negro e indicar uma
determinada propriedade para que se
inicie uma processo de identificação
e demarcação de terras. A palavra
quilombo perdeu completamente
a sua significação. O MST e outros
ditos movimentos sociais calculam
entre 4.000 e 5.000 “quilombolas” no
País, num processo virtualmente infinito.
Esses ditos movimentos sociais
já falam de 22 milhões de hectares.
As zonas urbanas são cada vez mais
atingidas. Trata-se de uma outra e
nova “reforma agrária”.
Como se deu o milagre da multiplicação?
O decreto presidencial 4887 de
2003, que estabeleceu o critério da autoclassificação
da cor, perverteu totalmente
o texto constitucional.
Uma palavra ainda sobre a questão
quilombola e as Forças Armadas. Os Fuzileiros
Navais, na Ilha da Marambaia,
têm conseguido fazer valer os seus direitos,
lutando para preservar essa base,
têm feito isso com sucesso. Por quê?
Porque apostaram na opinião pública, fizeram
uma discussão que alcançou toda
a sociedade. Souberam se posicionar.
Compreenderam como funciona uma
sociedade democrática, baseada na formação
da opinião pública. A Aeronáutica,
por sua vez, está perdendo a Base de
Alcântara, aliás, vital para o programa
aeroespacial brasileiro. Uma base de
11
Revista do Clube Militar

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

2011 - O ano internacional das Florestas

2011 - O ano internacional das Florestas
21 de janeiro de 2011
Elas são lar para 300 milhões de seres humanos e para 80% da biodiversidade terrestre. Além disso, 1,6 bilhão de pessoas em todo o mundo dependem diretamente delas para sobreviver. Com o intuito de promover a preservação do verde para uma vida sustentável no planeta, a Assembléia Geral das Nações Unidas declarou 2011 como o Ano Internacional das Florestas.
Para celebrar as ações em torno da preservação deste recurso fundamental em todo o mundo, a ONU criou o site oficial do Ano Internacional das Florestas, onde é possível ver os eventos organizados ao longo do ano e ainda divulgar suas próprias ações em relação à causa. No site também é possível conhecer estatísticas como as divulgadas no início desta reportagem.

As Florestas no Brasil
Conforme divulgado no site do Instituto Akatu, o Brasil abriga 60% da Floresta Amazônica, a maior do planeta. Dentro do Brasil, ela se estende por nove Estados e representa mais de 61 % do Território Nacional.
Esta riqueza natural, no entanto, tem sido alvo de exploração predatória e ilegal, ameaçando sua manutenção. Apesar dos esforços do poder público, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) estimou, em 2008, que o volume de madeira ilegal da Amazônia que abastece o mercado pode chegar a 90% do total consumido no país. Outras atividades ameaçam a Amazônia são a criação de bois e o cultivo da soja. Assim, com o objetivo de combater a degradação das florestas foram criados, em 2008, os pactos da madeira, da soja e da carne.

Projeto já foi visto por mais de 2,8 milhões de pessoas em mais de 400 cidades no País

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Bolsa esmola

Versos imortalizados por Luiz Gonzaga e Zé Dantas em "Vozes da Seca":
"Seu doutor, uma esmola para um homem que é são ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão".

domingo, 16 de janeiro de 2011

Novo secretário quer desburocratizar setor

4/01/2011
Novo secretário quer desburocratizar setor
Adriano Chaves Magalhães pretende agilizar o processo de concessão de licenças no Estado.

Saiba mais
• Documentos mostram debate da população sobre concessão florestal federal
ONU declara 2011 o Ano Internacional das Florestas
• Fundo Nacional do Meio Ambiente seleciona projetos para o Mosaico Sertão Veredas-Peruaçú
• Cancún - ilusões e realidades: José Goldemberg
O governo de Minas Gerais pretende promover a desburocratização do processo de concessão de licenciamento ambiental no Estado. Para isso, o novo secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Adriano Chaves Magalhães - ex-presidente do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi) - irá investir na adoção de sistemas de gestão corporativa com o objetivo de dinamizar a economia.

"Vamos fortalecer a fase de Licença Prévia, reforçando a necessidade de bons estudos e boas audiências públicas. Além dessa medida, iremos investir pesado em sistemas de gestão corporativa. Dessa forma, teremos análises ambientais mais embasadas e processos mais qualificados, além de mais transparência para toda a sociedade", afirmou o secretário, que tomou posse na última terça-feira.

Para isso, Magalhães vai contar com um orçamento de R$ 305 milhões neste ano. De acordo com ele, sua gestão irá dar continuidade aos bons programas já existente, além de promover a capacitação do corpo técnico do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema).

"Vamos trabalhar o desenvolvimento de competências, para que possamos ter uma equipe ainda mais profissional, atuando de forma a priorizar a proteção da biodiversidade, dos recursos hídricos, a adequada gestão dos resíduos e a ampliação das unidades de conservação, como forma de proteger os ecossistemas ameaçados", ressaltou.

Segundo o secretário, que é engenheiro eletricista e funcionário de carreira da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a tônica será manter o caráter colegiado da gestão ambiental. "Todas as decisões serão amplamente discutidas com todos os setores", reforçou.

Ele também disse que ampliará as discussões estratégicas no âmbito da secretaria, no que diz respeito especialmente a temas como a matriz energética mineira do futuro e as tecnologias do conhecimento e de baixo carbono.

E será exatamente no fomento ao crédito de carbono que os trabalhos serão focados. "Vamos fomentar uma economia verde, incentivando empresas com bom desempenho ambiental e que adotem tecnologias e processos mais limpos", destacou. No entanto, ele disse que não pretende favorecer uma área em detrimento de outra.

Todas serão priorizadas. Nosso pilar é o desenvolvimento sustentável. Vamos trabalhar com intensidade para o que o desenvolvimento econômico seja realizado em harmonia com a proteção à natureza e à justiça social".

O secretário também disse que irá aprimorar os trabalhos de fiscalização na Semad. “A intenção é prezar por ações focadas e eficientes, de forma a dar respostas rápidas às agressões ao meio ambiente.” “Importante também investir mais na prevenção, aprimorando os projetos de avaliação da qualidade da água, da qualidade do ar, o monitoramento da cobertura vegetal, das barragens de rejeito e dos incêndios florestais", afirmou.

Indi - À frente do Indi por pouco mais de um ano, Adriano Magalhães foi reconhecido por ter realizado uma total reestruturação do órgão, ajudando o Estado a bater recordes na atração de investimentos. "Implantamos uma gestão moderna, ágil e flexível. O Indi está pronto para ajudar Minas a crescer e gerar riquezas", avaliou.

Ao deixar a presidência do instituto, Magalhães deixou uma carteira de R$ 94 bilhões em investimentos, sendo R$ 53 bilhões em aportes já consolidados, em diversos setores da cadeia produtiva e distribuídos em todas as regiões do Estado.


Fonte: Jornal Diário do Comércio/ Luciane Lisboa

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Lula - Primus inter pares

EDITORIAL - O ESTADO DE SÃO PAULO

Primus inter pares

EDITORIAL

O Estado de S.Paulo - 09/01/11


Luis Inácio Lula da Silva não precisou nem de uma semana para demonstrar ao país e ao mundo que, apesar de alardear ser uma pessoa de origem humilde, um homem do povo igual a todo mundo, julga-se, na verdade, no mínimo, um legítimo primus inter pares, o primeiro entre iguais, merecedor, portanto, de privilégios e regalias especiais. O ex-presidente está realmente convencido, do alto de seus oitenta e tanto por cento de aprovação popular, de que conquistou a condição incontrastável de líder supremo dos brasileiros. Alguém que tudo pode, a quem tudo é permitido.

Qualquer homem público com algum sentido de decoro, com alguma noção de limites de comportamento, com algum pudor no trato com o bem comum, jamais se teria permitido dar os maus exemplos protagonizados por Lula na sua penosa transição para a condição de ex: o uso de dependências das Forças Armadas para gozar, com a família, de alguns dias de lazer à beira-mar e a concessão a dois filhos seus, pelo Itamaraty, nos últimos dias de dezembro, de passaportes diplomáticos válidos por quatro anos.

Dois ou três dias depois de ter passado a faixa presidencial a sua sucessora, Lula e família desembarcaram no aprazível recanto do Forte dos Andradas, dependência do Exército situada numa das pontas da praia do Tombo, no Guarujá. Como presidente, ele já havia estado lá um par de vezes, para curtos períodos de descanso. A reação geral foi imediata: um ex-presidente tem direito a essa regalia? Consultado o Ministério da Defesa, o ministro Nelson Jobim mandou dizer que Lula estava no Forte dos Andradas como seu convidado. Então, é isso.

Mais ou menos ao mesmo tempo vazou a notícia de que, ao apagar das luzes de 2010, e do mandato de Lula, seus filhos Marcos Cláudio, 39, e Luiz Cláudio, 25, e ainda um neto, foram contemplados pelo Itamaraty com a concessão de passaportes diplomáticos. Esse é um privilégio a que têm direito algumas altas autoridades públicas e seus dependentes, desde que tenham até 21 anos de idade, ou sejam portadores de algum tipo de deficiência. Como nenhum dos dois filhos do ex-presidente se enquadra nessas condições, questionado pelos jornalistas o Itamaraty explicou que a concessão foi autorizada pelo ex-chanceler Celso Amorim "em caráter excepcional", atendendo a "interesse do país". Ninguém se deu ao trabalho de explicar que "interesse" seria esse, mas fontes da Chancelaria revelaram que o pedido dos passaportes fora feito pelo então presidente diretamente ao ministro, poucos dias antes.

Por que não? Que há de mal nisso? Afinal, Lula não pode? Que pode, pode. Está visto. Mas não deve. E quem não entende por que, não tem o direito de reclamar da lassidão ética que corrompe a atividade política em todos os níveis de governo e dos enormes prejuízos que isso acaba significando para a cidadania. O comportamento de Lula é um péssimo exemplo para o país por pelo menos uma boa razão, além da óbvia questão ética: eterno defensor e protetor dos fracos e oprimidos, o combate aos privilégios dos poderosos sempre foi bandeira política de Lula e do PT. É difícil de justificar, portanto, que o ex-metalúrgico, que hoje tem condições financeiras para pagar do próprio bolso uma semana de férias para toda a família em qualquer resort elegante do Brasil ou do mundo, inclusive nas condições de segurança e privacidade a que, estas sim, ele e seus familiares têm todo o direito - se valha dos privilégios inerentes à Presidência da Republica depois de deixar o cargo. Só mesmo um desvio de conduta explica a tranquilidade com que, no caso das férias no forte, Lula botou na conta da viúva o custo do auto-outorgado privilégio.

O novo chanceler, Antonio Patriota, evitou diplomaticamente comentar a questão dos passaportes. Já o assessor para assuntos internacionais Marco Aurélio Garcia - uma das incômodas heranças que Lula deixou para Dilma -, com o habitual sarcasmo, e à falta de melhor argumento, classificou o assunto como "de uma irrelevância absoluta".

Se esse é o saldo de uma semana de Lula sem a faixa presidencial, não é difícil imaginar o que ainda está por vir.


----------------------------------------------------------------------------------------------------------------SE ISTO É IRRELEVANTE, IMAGINE-SE O QUE VEM PELA FRENTE.