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terça-feira, 9 de julho de 2013

DIA DO ENGENHEIRO FLORESTAL – 12/07/2013

DIA DO ENGENHEIRO FLORESTAL – 12/07/2013

NADA MAIS JUSTO NESTE DIA QUE DISTRIBUIR UMA RESENHA PARA OS NOSSOS COLEGAS, MOSTRANDO A ELES A IMPORTÂNCIA DAS ÁRVORES E QUE SEM ELAS, NÃO HAVERÁ VIDA SOBRE A TERRA.
Prof. Dr. Florestal José Sales Mariano da Rocha
Profa. Dra. Cleonir Martins Carpes.

PARTE 1

1. AS FLORESTAS NO MUNDO
As florestas ocupam quatro bilhões de hectares das terras emersas, isto representa perto de 33 % da superfície do planeta (exceto oceanos e mares). Se ainda hoje a exploração fosse racional, ter-se-ia esse “bem” como fonte inesgotável de riquezas.
Para isso seria necessário aproveitar somente os “rendimentos” florestais e recuperar as áreas já devastadas (onde há menos de 25 % de cobertura florestal por Região, Estado ou Bacia Hidrográfica).
A Rússia possui a maior cobertura florestal do planeta: a TAIGA SIBERIANA, ocupando 1 bilhão e 131 milhões de hectares, ou seja: 11.310.000 km2 (superfície maior que o Brasil).
A TAIGA é a maior floresta plantada do mundo e a AMAZÔNICA é a maior floresta tropical nativa da terra. Todavia, a pior deterioração ambiental é encontrada no desmatamento indiscriminado (vegetações arbustivas e arbóreas) em várias partes do mundo, e em especial no Brasil.
 1.1. A Cobertura Florestal no Brasil e no Rio Grande do Sul
É conceito generalizado, entre as organizações mundiais de conservação do meio ambiente, que uma região a ser preservada, correspondente a uma Unidade de Planejamento (Região Fisiográfica, Estado, Bacia ou Sub-bacia Hidrográfica, Município ou Propriedade Rural), deve possuir, no mínimo, 25 % de cobertura florestal, para que se estabilizem os processos de erosões, enchentes, mão-de-obra no meio rural e produção de matéria prima              (biomassa industrial, energética e ecológica), considerando-se tais regiões com até 25 % de declividade média. Para regiões com declividade média acima de 25 % a área de cobertura florestal deverá ser de 65 %, no mínimo.
A Amazônia Legal cobre, aproximadamente, 54 % do território Nacional e a Área Social do País representa, aproximadamente, 46 % dessa superfície.
 1.1.1. Cobertura Florestal da “Área Social” do Brasil
Estimativas por simulação, levando-se em consideração a média das coberturas florestais dos Estados situados fora da grande Amazônia, indicam que a Área Social brasileira apresenta uma cobertura florestal de, aproximadamente, 8%, o que indica um “déficit” de 17% (para atingir o mínimo de 25 %, preconizado pelas Nações Unidas).
1.1.2. Cobertura Florestal do Rio Grande do Sul
A Cobertura Florestal do Estado correspondia a 6,4 %, valor este determinado pela equipe do Departamento de Engenharia Rural, Setor de Fotogrametria e Fotointerpretação do Centro de ciências Rurais da Universidade Federal de Santa Maria, em 1982. Hoje, estimativas por simulação mostram que existe um pouco mais de cobertura florestal em vista dos florestamentos, da proibição de corte e da rebrota natural.



PARTE 2

 2. CONSEQUÊNCIAS DOS DESMATAMENTOS
2.1. A Situação no Brasil
O Brasil, pela devastação florestal e pelo uso indiscriminado das terras, já desponta no panorama mundial com um Nordeste deteriorado exigindo, a cada dia, maiores investimentos. A Região Norte surge com enormes devastações, queimas e derrubadas (mais de 13%, segundo o INPE), já proporcionando inúmeras enchentes, proliferando doenças e misérias.
A região Centro Oeste recebe de braços abertos os “destruidores do Sul e de Minas Gerais”, os quais se dizem agricultores, derrubam o cerrado, destroem a fauna, não deixam sequer faixas de contenção e fazem uma agricultura predatória, como acontece, por exemplo, nas Sub-Bacias Hidrográficas do Rio São Lourenço, Rio Vermelho, Rio Peixe de Couro, Rio Jauru, Rio Cuiabá e outros que deságuam no Pantanal e no Rio Araguaia (especialmente a Sub-bacia do Rio das Mortes) e dos rios que deságuam no Rio Xingu.
Como se não bastasse, além do uso do mercúrio nas minas de ouro, aplicam agrotóxicos indiscriminadamente, contribuindo, não só pelo entulhamento do Pantanal com terras erodidas, como também com o envenenamento da maior fauna silvestre do Planeta.
Em São Paulo e na região Sul os problemas são ainda maiores. A Serra do Mar está constantemente nos noticiários e Cubatão é sempre manchete (apesar de bastante recuperada). A erosão do Paraná é muito difundida (e bastante estudada também). Rios-problemas existem às centenas: Tietê, Paraíba do Sul, Pinheiros, Piracicaba, Doce, Itajaí-Açu, Uruguai, Paraná, Jacuí, Ibicuí, entre outros.
Santa Catarina teve, tem e deverá ter enchentes cada vez maiores, em virtude dos desmatamentos nas nascentes dos rios naquele Estado. Tais nascentes poderão secar e surgirão épocas de grandes secas e prejuízos generalizados.
O Paraná perde em fertilizantes, carreados para os rios, 200 milhões de dólares/ano e 20 ton./ha de solo/ano (Nestor Bragagnollo).
 2.2. A Situação no Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul merece um comentário maior, por ser considerado um Estado eminentemente agrícola.
Os principais pontos a considerar são:
a) 42% das terras do Estado são propícias às florestas e a cobertura vegetal de hoje, em vegetações arbustivas e arbóreas, plantadas e nativas, é menor que 8%.
b) Em vista disto e pelo uso de maquinário agrícola, às vezes inadequados, o solo tem perdido 96 % de terras férteis, carreadas pelas águas das chuvas. Como conseqüência estão aí as enchentes e os assoreamentos de rios, lagos e barragens.
c) Esses assoreamentos, da ordem de 250 milhões de toneladas de terras férteis por ano, que se deslocam pelas bacias hidrográficas dos rios Uruguai, Jacuí e Ibicuí, contribuem para a diminuição do potencial hidrelétrico, diminuição da piscosidade, diminuição da navegabilidade e para a diminuição da quantidade e qualidade da água para a irrigação e a indústria. A qualidade das águas para o consumo humano e para a dessedentação dos animais está cada vez pior.
d) Como a infiltração da água é mínima no Estado, por falta de cobertura florestal, em pequenos períodos de estiagem a seca vem sempre avassaladora.
e) “Desertos” mostrando o extremo mau uso das terras são realidades em várias regiões.
f) A devastação florestal no Rio Grande do Sul foi tão grande nos últimos anos (e ainda continua) que, se o Estado plantar três vezes à mais o que planta e paralisar totalmente as derrubadas, levarão 131 anos para recompor o mínimo de 25 % de cobertura florestal preconizado pelas entidades científicas.
g)  O fogo (queima de campos e florestas) é um fenômeno tão forte que o efeito estufa está se tornando uma realidade em todo mundo e a temperatura média do planeta poderá aumentar, aproximadamente, 2ºC nas próximas décadas. Como se não bastasse, as geladeiras, os aparelhos de ar condicionado e os “sprays” estão aí contribuindo com o clorofluorcarbono que retém 20 mil vezes à mais o calor irradiado da superfície terrestre, que o gás carbônico (CO2 das queimadas), aumentando o efeito-estufa, propiciando a dilatação dos mares (inundações futuras) e destruindo a camada de ozônio (o que produzirá doenças da pele em geral). A contribuição Gaúcha nestes 4 itens é ainda muito grande, lamentavelmente.
Já imaginaram esses efeitos somados aos gases expelidos pelas fábricas, veículos automotores e aviões?
Estes são os comentários gerais, mas o autor pensa diferente e acredita mais no arrefecimento global que no aquecimento global.
h) A poluição química dos rios (fábricas e agrotóxicos) põe em risco a saúde dos animais, do homem e destroi a fauna.
Se houvesse no País uma Educação Ambienta eficiente, prática e objetiva, as florestas não seriam destruídas, ter-se-ía uma rica fauna (a própria fauna do Taim está em extinção no RS), as terras arrastadas para o mar nos últimos cinco anos teriam produzido riquezas equivalentes à dívida externa do Brasil, as florestas existentes absorveriam água suficiente para garantir perpetuamente a qualidade e a quantidade necessárias às indústrias, ao homem, aos animais e à irrigação. O homem se fixaria no campo, favelas deixariam de existir, a renda “per capita” aumentaria, as doenças endêmicas desapareceriam e o povo seria mais feliz.

PARTE 3

3. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DAS ÁRVORES
3.1. Reflorestamentos Energéticos
A produção de florestas para fins energéticos (lenha e carvão) é uma necessidade urgente no País. O consumo de energia calorífica proveniente da madeira é enorme e os Reflorestamentos com eucaliptos, acácias, bracatingas entre outras, para esse fim, visa impedir a devastação final das matas nativas.
Por outro lado, o valor da lenha e do carvão (uso menos nobre possível da madeira) é maior que qualquer tipo de produção agrícola, por unidade de área, em plantios acima de 10 ha. É só fazer as contas. Imagine o valor e o lucro que se obtém com o uso nobre da madeira.




3.2. Reflorestamentos econômicos
Esses Reflorestamentos, destinando árvores para vários fins, tais como: serrarias, fábricas de papéis, fábricas de celulose, fábricas de móveis, postes, produção de taninos, resinas, breu, aguarrás entre outros, fornecem lucros, por unidade de área, três ou mais vezes superiores a qualquer outro empreendimento agrícola ou pecuário.
 3.3. Reflorestamentos Ecológicos
São Reflorestamentos nobres destinados a conservar a flora nativa, a fauna silvestre, as águas, preservar árvores porta-sementes e preservar a beleza de locais estratégicos (encostas, gargantas, margens de rios e lagos, áreas litorâneas, áreas pedregosas entre outras).
Todos esses três tipos de Reflorestamentos (energéticos, ecológicos e econômicos) fazem parte dos programas de Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas e visam preservar o solo, as águas, a flora, o ar e a fauna.
3.4. Cortinas Florestais ou quebraventos
A redução da velocidade dos ventos em até 80 %, o conhecimento técnico referente às espécies protegidas e protetoras, bem como o aumento da produtividade, são fatores determinantes para a instalação dos quebraventos nas propriedades rurais, em áreas de produção agrícola, bem como nos arredores das cidades e indústrias.
Para a instalação destas cortinas florestais consideram-se os seguintes parâmetros:
1 - comportamento das espécies e o seu arranjo espacial no quebravento;
2 - conhecimento da espécie a ser protegida;
3 - direção, intensidade e freqüência dos ventos nas diferentes épocas do ano;
A observação destes fatores atende aos aspectos de ocupação de menor área do solo agricultável e, ainda, maior eficiência protetora.
A instalação dos quebraventos possibilitará, além de reduzir a velocidade do vento em até 80 %, uma mudança hídrica, aumentando a precipitação e formação de orvalho próximo à cortina.
Ao lado das mudanças hídricas, também é modificado o balanço calórico, proporcionando uma germinação mais rápida das sementes e os campos poderão ser pastoreadas uma ou duas semanas à mais.
3.5. Reflorestamentos nas Pequenas Propriedades
De um modo geral, as propriedades agrícolas, bem como os municípios, devem ter uma cobertura florestal mínima de 25 % de sua área territorial (Recomendações da FAO e dos grandes centros de pesquisas agrárias).
Com tal cobertura visa-se, em um somatório de áreas contínuas, por exemplo, resolver os problemas de erosões dos solos, biodinâmica do solo, proteção de águas, preservação de nascentes, diminuição da intensidade dos ventos, sombras para os animais, conservação da fauna e da flora silvestres, produção de frutos e sementes e produção de madeira como matéria-prima, sem sucedâneo, para infinitas utilidades, inclusive a produção de energia.
Os Reflorestamentos a serem implantados nas formas de cortinas de abrigo, preservação de nascentes, Reflorestamentos ecológicos, proteção de açudes, preservação de estradas, paisagismo e para produção de madeira, somados às matas existentes (maioria ciliares), atingirão a meta da cobertura desejável, colocando toda a propriedade, além de beleza ímpar, em condições de ter as melhores produções possíveis, inclusive na área da piscicultura e agricultura.
Ao redor dos açudes e margens de rios deverão ser plantadas quatro a cinco fileiras, espaçamento 2,0 x 2,0 metros, sendo a primeira fileira (próxima da água) formada por guabiju ou outras frutíferas (especialmente o jambolão), corticeira, salso-chorão e uva-do-japão, intercaladas. As demais fileiras serão de Pinus elliotti, ou outra a critério do proprietário.
Ao longo das estradas, canais e cercas serão plantadas Sibipirunas, Ipês, Pinus elliottii, ou outra a critério do proprietário, sendo que nas partes mais úmidas entrarão eucaliptos, todos em espaçamento de 2,0 x 2,0 metros. Os Reflorestamentos para a produção de madeira serão implantados com o espaçamento 2,0 x 2,0 metros (eucaliptos e pinus na parte mais alta da propriedade), e nativas nos demais locais.
O jambolão é ótimo para segurar erosão às margens dos rios, além de ter folhas com propriedades anti-diabéticas ( para usar no chá ou chimarrão ) e o sarandi é apropriado para as margens de lagos.

PARTE 4

4. IMPORTÂNCIAS DIVERSAS DAS ÁRVORES
4.1. Infiltração de Água no solo
Cada árvore adulta (8 a 12m de diâmetro de copa) pode infiltrar no solo um mínimo de 2.000 litros de água por hora de chuva, intensa a média, em solos, onde a infiltração é de 150 mm/hora.
Um hectare arborizado, nas mesmas condições, pode infiltrar para o lençol freático 1.500.000 litros de água por hora de chuva.
Por isso que os Reflorestamentos bem planejados permitem recuperar os rios e manter a sua perenidade. Esta é a maior importância ambiental das árvores.
4.2. Absorção de Partículas Sólidas e Gasosas em Suspensão no Ar (segunda maior importância ambiental das árvores)
Em árvores adultas com folhas de 30 cm2 de área pode-se verificar a absorção de 370 kg de partículas/árvore (partículas sólidas, líquidas e gasosas) em suspensão no ar/ano (exemplo válido para árvore adulta com, aproximadamente, 200.000 folhas).
Observação: Se as árvores estivessem em povoamentos florestais fechados, a capacidade de absorção de partículas em suspensão no ar poderá cair para 4 até 10  vezes a menos. Estes dados variam de espécie para espécie e de local para local. São valores médios para se calcular estimativas por simulação.
Em vista do exposto neste item, é que se recomenda arborizar ruas e praças das cidades (com vegetações folhosas), bem como áreas industriais.
As arborizações devem ser feitas com espécies de maior índice de valor ambiental (IVA), ou seja, espécies com folhas pequenas, cascas rugosas, sistema radicular de grande densidade (ver mudas nos viveiros) e árvores que produzem flores e frutos.
4.3. Eliminação ou Minimização da Poluição Sonora
As cortinas de abrigos florestais podem abafar ou diminuir o som em 10 decibéis por metro de espessura das árvores (considerar toda a massa vegetal).
Essas cortinas são muito úteis próximas a fábricas barulhentas e a locais onde se fazem explosões (minerações), bem como nas proximidades de aeroportos.

4.4. Sombreamento
As árvores, em sombreando vários locais, especialmente no verão, podem trazer os seguintes benefícios:
a - Bem estar às pessoas e animais em geral;
b - No verão refresca as casas em 30 % (especialmente as de madeira) e no inverno as mantém aquecidas (é o conhecido efeito condicionador do ar);
c - Favorece ao desenvolvimento da biodinâmica do solo, tornando-o mais apropriado aos cultivos em geral;
d - Em estradas, em geral, melhora a paisagem, controla a erosão próxima e aumenta a sua longevidade protegendo-as da insolação direta e contínua;
e - Em margens de rios e açudes melhora os “habitats” dos seres que vivem na água  e próximos dela.···.
4.5. Usos Gerais
Sendo alguns usos sem sucedâneo, como é o caso da fabricação do papel. Eis aqui os principais usos:
a - Produção de frutos comestíveis ( diversos );
b - Produção de folhas, raízes e cascas medicinais, para uso em chás e no chimarrão;
c - Produção de madeiras nobres para a indústria de móveis em geral;
d - Postes, moirões, tramas, barrotes e dormentes (usados nas ferrovias), fósforos e palitos;
e - Produção de papel, celulose, pasta mecânica;
f - Produção de perfumes;
g - Produção de remédios;
h - Produção de berços (para nos receber) e caixões (para nos levar) - primeira e última morada;
i - Construções diversas: casas, galpões, pontes, porteiras entre outras;
j - Uso em geral no paisagismo: áreas de lazer, camping, parques e jardins;
l - Proteção e conservação das faunas silvestres;
m - Frutos e sementes para a produção de óleos, essências, fibras, cêras e gorduras;
n - Raízes e cascas para produção de fibras, corantes, tanino, cortiça, gomas, resinas, bálsamos, produtos medicinais e extratos.                         

PARTE 5

5. CURIOSIDADES SOBRE AS ÁRVORES E ASSUNTOS CORRELATOS
a - Os seres vivos mais velhos sobre a terra são os pinheiros: foram encontrados pinheiros vivos com mais de 5.000 anos;
b - São derrubadas 8 ha de florestas nativas, na América do Sul e América Central, a cada minuto;
c - Existem (ainda!...) árvores com diâmetros de 10 metros. Uma árvore desse tipo pode fornecer tábuas para fabricar várias casas (mas, não deve);
d - Mais da metade da madeira consumida no mundo tem o pior uso possível (menos nobre): carvão e lenha;
e - Árvores plantadas próximas de rios podem secar o rio pelo processo de evapotranspiração. Devem ser plantadas em partes mais altas para que suas raízes não atinjam o lençol freático (neste caso a evapotranspiração é menor);
f - Observando uma semente alada (aquelas que vêm  rodando pelo ar, como do ipê, por exemplo) é que os cientistas se inspiraram para inventar o helicóptero;
g - As vagens lança-sementes inspiraram aos cientistas para construírem os projéteis lança-foguetes;
h - Todas as árvores destruídas pela instalação das hidrelétricas do Amazonas são suficientes para encher 200 Maracanãs (estádio de futebol do Rio de Janeiro, o maior do mundo);
i - Pela destruição das florestas do mundo, 100 espécies de animais e plantas são destruídos diariamente;
j - O Brasil ocupa o primeiro lugar no mundo em volume de desmatamento indiscriminado (e porque não dizer criminoso!...);
l - Plantas em extinção, plantas ornamentais e animais silvestres são protegidos por lei;
m - Há, em todo o norte do país, cerca de 200.000 garimpeiros destruindo as florestas, as águas e os solos e o governo limita-se a!... Você sabe quantos caçadores e pescadores existem no Amazonas, Pantanal e Araguaia? Todos sem licença e fazendo a caça e a pesca depredatórias!...
n - A cada 100 Kg de papel que você recupera, enviando-o para a reciclagem, você evita, indiretamente, o corte de uma árvore;
o - Você sabia que os Estados do Mato Grosso e Amazonas poluem seus rios com 100 toneladas de mercúrio por ano?
p - Você sabia que o planeta terra já atingiu o seu ponto crítico de poluição e que um dos principais fatores que contribuiu para isso foi o desmatamento?
q - O Brasil possui diversos Parques Nacionais, Estaduais, Florestas Protetoras, Reservas Nacionais, Reservas Florestais, Reservas e Refúgios Biológicos. Todos amparados e protegidos por Lei. Todavia, desses locais saem manchetes constantemente mostrando incêndios, desmatamentos criminosos e matanças de animais silvestres. Você já imaginou o que deve estar acontecendo fora dos ambientes protegidos por Lei?
r - Das águas das chuvas que caem sobre as “florestas tropicais” da terra, perto de 80 % retornam a atmosfera, pela evapotranspiração das florestas, após pararem as chuvas;
s - José Lutzenberger informava que são demolidas as florestas tropicais úmidas, na ordem de 100.000 km2 por ano ( 10.000.000 ha/ano );
t - Se você plantar toda a volta de um açude com árvores frutíferas (nativas e exóticas) e desejar criar peixes (certos tipos) nesse açude, não haverá necessidade de alimentar os peixes. As árvores, com seus frutos e insetos atraídos por eles, cuidarão da engorda dos peixes;
u - Todas as folhas de uma árvore recebem por igual a luz solar e processam igualmente a fotossíntese. Isso ocorre pela movimentação da terra, do sol e da planta durante o dia. A luz atinge as folhas em movimento espiral. Essa pesquisa permitiu descobrir a figura da espiral e a sua equação matemática. O sol gira em espiral pelo Universo, bem como a sua galáxia (via láctea). Procure aprofundar nesse assunto e você descobrirá coisas incríveis.
v - Os galhos de uma árvore crescem em sucessão FIBONACCIANA. Isto quer dizer que o tronco principal desdobra-se em dois, desses dois surgem três, esses três formam cinco, dos cinco saem oito e assim sucessivamente.
A sucessão de Fibonacci é:
1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89......
Cada termo é conseguido somando-se os dois anteriores (começa por 1 e 2).
x - Você sabia que com o plantio científico das cinco principais riquezas florestais do Brasil (seringueira, babaçu, castanha do Pará, carnaúba e erva-mate) o país poderia pagar a  sua dívida interna e distribuir riquezas, sem pensar nas demais riquezas existentes?
y - 25 % dos medicamentos do mundo são provenientes das vegetações. 250.000 espécies de árvores e arbustos existem à disposição dos homens, sendo que destes, somente 5.000 espécies foram testadas para os atributos farmacêuticos. Essa infindável fábrica de produtos químicos está a disposição do homem e cabe a eles preservá-las totalmente. Só no Amazonas, 10 km2 de florestas têm cerca de 2.500 espécies e incalculável número de fungos. A ciclosporina, usada nos transplantes na última década, é proveniente de duas espécies de fungos encontrados nas matas;
z - As florestas tropicais do mundo continuam sendo destruídas à razão de 20 ha/minuto e são extintas cinco espécies de plantas por dia.

PARTE 6

6. RECOMENDAÇÕES PARA O PLANTIO DAS PRINCIPAIS ÁRVORES
A Educação Ambiental, na escola, pode ter a sua iniciação ensinando aos jovens a plantar árvores e respeitar as que existem.
Para o plantio são recomendadas mudas sadias e de boa origem.
As covas devem ter 50 cm x 50 cm x 50 cm e em seu interior deve haver terra boa (escura, terra de mato), de preferência com um pouco de esterco seco.
A muda deve ser plantada na mesma altura que vinha na embalagem (coleto ao nível do solo; o coleto é a parte do tronco rente ao solo). Deve-se colocar uma estaca (tutor) ao lado e amarrar o tronco da muda na estaca. Colocar palha ao redor da muda plantada.
Se for verão, regar a muda diariamente. Para plantio de grandes quantidades de mudas, fazê-lo no inverno e combater formigas na região.
A arborização de cidades e rodovias tem orientações específicas. Para isso recorrer ao DAER (Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem) e às Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
Observação importante: Não plantar as mudas com a embalagem, especialmente se for de plástico.
6.1. Essências Florestais Nativas Recomendadas
para Margens de Rios (Alberto Maixner).
Pinheiro bravo, Salgueiro, Açoita-cavalo, Guajuvira, Corticeira do banhado, Corticeira da serra, Angico vermelho, Canjerana, Palmito (sub-bosque), Amarilho, Sarandi, Maricá e Leiteiro ( Sapium ), entre outras..
6.2. Frutíferas Nativas para Margens de Rios e Lagos
Pitangueira, Cerejeira, Araçazeiro, Guabiju, Jabuticaba, Guabiroba, Uvaia, Sete Capotes, Chal Chal (Vacum), Ingás, Bacupari, Camboim, Coqueiro, Figueiras e  Grandiuva, entre outras.
6.3. Essências Nativas para Encostas
Pinheiro brasileiro, Branquilho, Chá de bugre, Cocão, Capororoca, Umbu, Araticum, Canelas, Louro, Camboatás, Imbaúba, Guatambu, Tarumã, Ipês, Caixeta, Paineira, Cabriúva, Grápia, Timbó, Alecrim, Timbaúva, Canafístula, Bracatinga, Caroba, Cedro, Canjerana, Aroeiras, Butiá, Cambará e Rabo de Bugio, entre outras.
6.4. Essências Exóticas - Plantio Livre
Abacate, Acácia negra, Álamo, Amoreiras, Bambu, Canforeira, Carvalho europeu, Chorão, Cinamomo, Cipreste, Eucalipto, Plátano, Pinheiro americano, Pinheiro alemão, Pinheiro japonês, Uva do Japão e Nogueira.
Ligustro e Casuarina não são recomendadas pelo autor do Artigo.                                             
Obs.: Estas recomendações são para o sul do Brasil. Para sua região procure a informação com um Engenheiro Florestal.

PARTE 7

7. RESUMO DOS DESASTRES AMBIENTAIS NO MUNDO

Os desastres naturais: enchentes, terremotos, maremotos, tsunamis, vulcões, vendavais e tufões, granizos, geleiras entre outros têm movimentado 50 bilhões de toneladas de material poluente natural por ano em todo o mundo.
As deteriorações ambientais antrópicas: lavouras, desmatamentos, aplicação de agrotóxicos e adubos, lixos, esgotos, queimadas, incêndios em cidades, poluições por fábricas e veículos automotores, guerras entre outros têm movimentado perto de 45 bilhões de toneladas de material poluente por ano.
Nota-se aí que o ser humano, sem uso de armas nucleares, é capaz de desestabilizar o planeta.
O que fazer? Educar o povo, especialmente na linha ambiental.

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José Sales Mariano da Rocha 

Dra. Cleonir Martins Carpes


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