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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Floresta energética contra o desmatamento

Amazônia estuda floresta energética contra o desmatamento

Por: Agência Amazônia

O táxi-branco, espécie nativa da região, apresentou excelentes resultados nas pesquisas da Embrapa


BRASÍLIA — A Amazônia poderá ter muito em breve um sistema florestal sustentável para fins energéticos e, a partir dele, oferecer lenha de forma contínua e diminuir a pressão sobre as florestas nativas. Para isso, a Embrapa Amazônia Ocidental desenvolve pesquisas com espécies nativas da região, entre as quais a Acacia mangium, Acacia auriculiformis, Sclerolobium paniculatum (taxi-branco) e Bambusa vulgaris var. vitatta (bambu). As espécies foram plantadas em áreas de produtores rurais no município de Iranduba (distante 22 km de Manaus).

O estudo da Embrapa busca alternativas ao uso sistemático da floresta nativa, usada para abastecer os fornos das olarias da região. O pólo oleiro do Amazônia desempenha papel significativo na economia local.

Até agora os resultados experimentais mostraram que entre as espécies de Acacia spp. e o taxi-branco, espécie da Amazônia, apresentaram melhor desempenho no crescimento em altura e diâmetro. Em Iranduba, o consumo médio de é 3,3 estéreos de lenha por milheiro de tijolo produzido. Quando se utiliza a espécie Acacia spp. o consumo de lenha se reduz para 0,8 estéreos.

A pesquisa já se encontra bastante avançada. Mas ainda não é possível determinar todos os índices técnicos para recomendar um sistema de produção florestal com fins energéticos e, assim, atender à demanda por lenha de forma contínua e sustentável.

Contudo, a Embrapa já tem uma certeza: o uso desta tecnologia resultará em impacto positivo para a economia da região e ajudará a reduzir as taxas de desmatamento nos municípios porque vai ser possível estabelecer florestas energéticas em regime de produção sustentável.

Foto: Divulgação

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